tag:blogger.com,1999:blog-70583767038872390202024-03-14T00:19:02.445-03:00Lutando contra os Estímulos EmburrecedoresCriado com o intuito de proporcionar um breve suspiro de produção mental, considerando que a rotina capitalista favorece uma involução do intelecto. A partir de agora a leitura passará a ser obrigatória e o exercício doloroso da escrita será executado não só com audaciosa pretensão de me fazer entender, mas de exercitar a verbalização das minhas idéias e sentimentos. Tentarei, usando essa estratégia, não me entregar tanto aos estímulos emburrecedores...Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-24310949630074852132013-07-10T08:09:00.000-03:002013-07-10T08:15:27.629-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7058376703887239020" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=7058376703887239020" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times New Roman; font-size: small;"><span style="font-size: 12.0pt;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Ainda era jovem. Em
plenos 23 anos acreditava que já poderia se orgulhar do título de Doutora que
recebera do Bacharelado <st1:personname productid="em Direito. A" w:st="on">em
Direito. A</st1:personname> soberba escorria pelos lábios e pelo nariz que de
tão empinado poderíamos ver o quão belo e delicado era o seu longilíneo pescoço
branco. Tão branco que conseguíamos ver as veias esverdeadas ao lado esquerdo.
O lado direito andava sempre coberto com seus cabelos aloirados e escorridos.
Sempre impecáveis no brilho, já que estava em dia com o Moroccanoil que
eventualmente trazia do exterior. A beleza era notável. Não se pode negar que o
corpo magro merecia um pouco mais de carne, mas ainda assim fez questão de pagar
por uma lipoaspiração para retirar os 800g de gordura localizada que a tirava o
sono. Por tudo isso, recebia inúmeros elogios diariamente e o que o mais
gostava de ouvir certamente era: “Puxou ao pai.”</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sempre muito estudiosa,
aos 18 comprei seu primeiro carro por ter ingressado na faculdade. Nunca houve
qualquer observação em relação ao seu desempenho acadêmico. Também nunca deixei
nada faltar a ela. Estudou na melhor escola da cidade, morou fora do país aos
13 anos e quando voltou trouxe uma mala de presentes para ela e outra para
família. Sinto orgulho da minha filha. Ela sabe as músicas do momento –
recentemente me apresentou o hit da Anita – está sempre antenada nos avanços
tecnológicos (é ela quem escolhe os aparelhos celulares da casa e diz quando
devemos trocá-los). Alguns poderiam dizer que ela é consumista, mas não é.
Desde os 5 anos ela é independente nas escolhas das roupas dela, ela sabe o que
quer. Sempre foi uma garota decidida.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Pois bem, agora que já a
apresentei, quero dizer o que me motiva desabafar com vocês. Recentemente abri
uma conta no tal <i>Facebook</i> e me deparei com a
“página lotada” da minha filha. O que seria essa página lotada? Percebi que
isso significava que ela tinha tantos amigos que atingiu a capacidade máxima
suportada pela tal rede social. Então, nem eu podia ser amigo dela? Entendi que
era necessário que ela abrisse uma nova página. Me causou surpresa saber que
ela era tão popular! Como pode? O que ela tinha de tão maravilhoso que fazia
daquela jovem garota tão admirada e cheia de seguidores? Fiz um rápido <i>tour</i> em sua página para tentar encontrar algo que me
surpreendesse. Encontrei fotos dos seus pés, das mãos, do nosso cachorro, das
inúmeras viagens que fez ao exterior (quase todas sem paisagens), de drinks, de
sorrisos e mais sorrisos, dos olhos no retrovisor do carro... Diante deste
cenário, não pude evitar em por minha velha cachola para trabalhar: o que a faz
tão popular? Pior: o que a faz ser mais popular do que eu?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Sou médico há mais de 30
anos. Muitos pacientes já passaram pela minha mesa de cirurgia. Alguns ainda
estão comigo. Apesar de serem pessoas interessantes, nunca passou pela minha
cabeça que eu poderia compartilhar a minha vida particular – quiçá íntima – com
eles. Na realidade, agora que sei que o tal <i>Facebook</i> me
permite isso, percebi que não tenho a menor vontade de fazer. Não me sinto
nadinha a vontade de adicionar também o meu vizinho chato do 506 que enche a
piscina do condomínio nos fins de semana. Por que iria mostrar para ele que
passei minhas férias numa viagem romântica com minha esposa? Não faz o menor
sentido. Por que iria querer que meus pacientes me vissem de colar havaiano,
sunga e cheio de birita? Isso não compromete minha competência, mas as
aparências devem ser preservadas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">E era sobre as aparências
que eu queria falar. Confesso que sei pouco da minha filha a não ser as
aparências. Talvez, eu não saiba nada. Talvez ela só seja isso: aparência. E o
pior: só queira isso. Mas ainda pior que isso pode ser a minha constatação. Se
minha querida filha só quer aparências e ela tem inúmeros seguidores... Todos
só querem aparência?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;">Chegamos na era da
“Mulher de César”. Mais importante do que ser é parecer que é! Talvez pior:
mais importante do que ser é ter! (Mas esse já é tema para outra discussão). Todo
mundo parece ser feliz, rico, de bem com a vida, pleno. Todo mundo também
parece que é inteligente, postando suas opiniões construídas (construída é
eufemismo, a palavra certa é empurrada) pela mídia, copiando idéias alheias sem
qualquer processo autoral ou reflexivo naquilo que é lançado. Mas como
inteligente? Inteligência é algo nada relacionado com a aparência (alguns
poderiam dizer que é inversamente proporcional). Foi então que percebi o quanto
acreditei na inteligência superficial da minha querida, muito querida filha. E
ela não tem culpa de nada...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace;"><br /></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com muita tristeza,
reconheço que criei mais um avatar perfeito para a engrenagem do sistema. Eu
que sempre quis diferente... Eu, que não enxerguei em mim aquilo que não
tolerava no outro. Me permitir ser ludibriado pela minha própria filha. Cedi
aos encantos da sua aparência e esqueci de construir o seu “eu”. Eu fui e
continuo sendo a referencia de alienação que minha filha, produto do meio <b>familiar</b>, se inspira. </span></span>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-14310534374644991652013-07-10T08:02:00.000-03:002013-07-10T08:02:15.096-03:00Recomeçando...Após um longo período sem postagens, sinto-me completamente enrijecida no exercício da escrita. Aliás, cabe narrar que a frase anterior foi desfeita umas 15 vezes antes de tomar este corpo. Escrever é como malhar o cérebro... E estou retomando meu treino. Cabe uma justificativa para mim? É para eu justificar para mim mesma. Pois bem, um ano de grandes mudanças, gigantescas mudanças que serviriam de belíssimas inspirações para crônicas, poemas e até mesmo expor minhas opiniões (como agora faço) que guardo na lembrança por um deslize egoísta. Espero que essa fase tenha passado que a difícil tarefa de recomeçar seja cumprida efetivamente. Lembrei-me de uma frase do Mário Quintana: “Nada jamais continua. Tudo vai recomeçar!”Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-90943333561753296442012-04-19T16:23:00.002-03:002012-04-19T16:28:43.204-03:00Atitude Inovadora – a transformação da cultura para manutenção da competitividade<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-CoDu_0QUFsQ/T5BnS_yUvRI/AAAAAAAAAFk/XimoF3kGo3k/s1600/inovacao-ideias.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" qda="true" src="http://1.bp.blogspot.com/-CoDu_0QUFsQ/T5BnS_yUvRI/AAAAAAAAAFk/XimoF3kGo3k/s1600/inovacao-ideias.jpg" /></a></div>
<br />
Após ouvir do Jorge Gerdau e o prof. Charles Edquist no Seminário Internacional sobre Pequenos Negócios (19/04/2012 – São Paulo), cujo assunto era<strong> Inovação</strong>, que o melhor investimento que se faz é em <strong>recursos humanos</strong>, reforçou ainda mais o sentimento de que a área de RH é o braço direito da <strong>estratégia</strong> empresarial. Não há como trabalhar em separado. A discussão girava em torno da <strong>competitividade</strong>, na qual a empresa apenas se afasta da “morte” e permanece competitiva se incorporar a <strong>atitude</strong> inovadora. Para tanto ela deve estimular a criação de um <strong>ambiente</strong> favorável à inovação. O que isso significa? Significa que a empresa deve estimular seus colaboradores não só em pensar a inovação, mas trabalhar seus processos para implementá-la. A empresa deve despertar uma <strong>cultura</strong> favorável ao desenvolvimento da <strong>competência</strong> da inovação - sem entrar no mérito das discussões do prof. Hofstede (2003). A cultura a qual se refere deveria ser, preferencialmente nacional, mas as empresas podem estimular sua <strong>mudança</strong>. Como fazer isso? Através da atuação estratégica da GP! O próprio Dr. Gerdau apresentou soluções de GP que <strong>estimulam</strong> a atitude inovadora do colaborador:<br />
<br />
<br />
• <strong>Reconhecimento anual das melhores idéias</strong>: premiação dos colaboradores que propõem as melhores inovações (o “peão” do chão de fábrica deve se transformar em cam”peão”)<br />
<br />
• <strong>Intercâmbio das melhores práticas</strong>;<br />
<br />
• <strong>Gestão do Conhecimento</strong><br />
<br />
O que faz o grande empresário <strong>investir</strong> milhões em pessoas ao invés de investir num imóvel? É justamente a capacidade que as pessoas têm de se <strong>renovarem</strong>! E essa renovação, reconstrução, reinvenção só é possível com o estímulo a inovação. Por isso o prof. Charles Edquist sugere que a segunda atividade necessária para uma boa implantação de uma <strong>Política de Inovação</strong> é o investimento nas competências, na aquisição de <strong>conhecimentos</strong> (capacitações) e desenvolvimento de <strong>comportamentos</strong> alinhados aos resultados da empresa (a primeira atividade seria o investimento em P&D). Porém, pouco resolve investir em capacitação para o corpo funcional se a organização possui processos desfavoráveis às mudanças, de encontro à inovação. <br />
<br />
O desenvolvimento de um ambiente favorável somente é possível com o reforço das <strong>idéias</strong> inovadoras (como as soluções apresentadas pelo Dr. Gerdau). Apenas assim estimula-se a <strong>transformação</strong> da cultura organizacional, social, nacional. Apenas com a incorporação da atitude inovadora as organizações permanecem competitivas. Percebe-se que, entre a estratégia de estímulo à inovação e a aquisição da atitude inovadora existe um intervalo que deve ser alinhado também aos resultados: é justamente neste intervalo que a GP deve atuar; com coerência aos <strong>valores</strong>, alinhado às estratégias e com foco nos <strong>resultados</strong>.<br />
<br />
<br />
<br />
REFERENCIAS:<br />
<br />
SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PEQUENOS NEGÓCIOS – Promovido pelo SEBRAE, de 18 a 20 de abril de 2012 – São Paulo/SP.<br />
<br />
HOFSTEDE, G. Culturas e Organizações. Silabo, 2003<br />
<br />Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-64842440830457000032012-01-31T19:20:00.000-03:002012-01-31T19:20:05.319-03:00O Planejamento Sucessório<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antes de iniciar a discussão
sobre a importância de se planejar a sucessão empresarial, destaca-se a conceituação
das gerações encontradas nas organizações: Y, X e Baby boomers. O professor
Joel Dutra ensina que não existem gerações, mas sim alterações de realidades
que forçam as pessoas à adaptação. Desta forma, não significa que exista uma
geração Y que possuam características de instabilidade, por exemplo, mas que o
mundo exige pessoas com este perfil. Isso significa que não apenas os jovens
estão mais instáveis, mas também os mais velhos estão adquirindo essa
característica para a sua manutenção no mercado. Um dos exemplos disso é que a
tempos atrás, as pessoas encerravam seu ciclo de carreira na organização com a
aposentadoria, por volta dos 50 ou 60 anos. Atualmente as pessoas com 40 anos
(teoricamente da geração X) já pensam em mudar de carreira, mesmo estando num
emprego fixo, a fim garantir melhor satisfação pessoal (característica da tida
geração Y). Neste contexto, o objetivo do professor Joel é instigar o
aprendizado contínuo: “aprendam com os jovens do mercado, pois eles traduzem
com mais facilidade as tendências do futuro”. Dessa forma, as organizações
tendem a se adaptar aos jovens.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A relação do trabalho com a
tecnologia está cada vez mais estreita. Atualmente convivemos com conceitos
como: home office e share services (centros de serviços compartilhados). Sendo
assim, já estamos observando uma mudança na forma de distribuição dos
trabalhos. O turn over deve se intensificar. A gestão de pessoas deverá ser
mais sofisticada. As lideranças deverão estar preparadas para a adaptação à
realidade e a criação de políticas e diretrizes estratégicas para o alcance de
resultados. Este é o grande desafio: preparar as lideranças.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Imprescindível para o desenvolvimento
de líderes é a concepção do conceito de competências não apenas como
capacidade, mas como o potencial de mobilidade dessa capacidade para
resultados. A forma utilizada pelas organizações para medir essas competência é
através das complexidades, ou seja, a medida que as pessoas realizam atividades
mais complexas elas estão se desenvolvendo. Entretanto, as pessoas fazem isso
naturalmente! Isso significa que, a medida que a pessoa envelhecem elas
realizam atividades mais complexas. As pessoas sempre buscam a complexidade na
vida pessoal e profissional. O professor Joel explica que as pessoas agregam
mais complexidade ás atividades quando elas possuem um maior nível de
abstração.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O nível de abstração está
relacionado à profundidade intelectual da pessoa. Isso não significa apenas
conhecimentos, mas também experiência. Uma pessoa com nível de abstração mais
elevado consegue ter uma visão institucional holística, é capaz de planejar
estrategicamente, desenhar possibilidades de atuação e prever conseqüências.
Todas essas características são bem vidas para as organizações.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As organizações estruturam as
suas carreiras com base nas atribuições e responsabilidades de mesma natureza.
Sendo assim, para atividades de natureza financeira existem: técnico, analistas,
supervisores, gerentes, diretores e superintendentes financeiros. Essa
seqüência ilustra uma carreira na área financeira. Entretanto, é importante
conceber a mudança do nível técnico para o nível gerencial como uma mudança de
trajetória de carreira. Quando um médico decide se tornar administrador ele
está realizando uma alteração na sua trajetória de carreira. Neste exemplo fica
fácil compreender a mudança na carreira. Porém no caso do analista financeiro
se tornar supervisor financeiro essa mudança não é concebida como uma mudança
de trajetória de carreira, mas sim o fluxo natural da carreira. Esta é uma
concepção errônea.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Quando um técnico assume uma
posição gerencial ele lidará com algo extremamente novo e que ele não está
preparado: a arena política. Ser líder é ser político. A pessoa que assume o
cargo de liderança, em qualquer área, precisa de muito mais competências de
liderança do que de conhecimento da área. Geralmente quando uma pessoa perde a
função de liderança e assume um cargo técnico ela continua exercendo as funções
da arena política. Compete ao planejamento sucessório se basear no
desenvolvimento das competências gerenciais para a formação dos seus
sucessores.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para a implantação do plano de
sucessão, a alta cúpula deve disseminar e reforçar alguns valores como
transparência e democracia. Entretanto, um dos valores que deve ser mais
estimulado é a formação de lideranças. Os líderes devem ser reconhecidos pela
sua capacidade formar novos líderes</div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-16873861310405951682012-01-31T18:30:00.001-03:002012-01-31T19:18:21.858-03:00Gestão de Carreira<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b>Compreendendo a carreira</b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Antes de explorar o tema da
gestão de carreira, faz-se imprescindível conceituar o nosso objeto de estudo.
Classicamente, entende-se a carreira como “uma seqüência de posições ocupadas e
de trabalhos realizados durante a vida de uma pessoa” (LONDON e STUMPF, 1982). Porém,
já estamos ampliando essa visão, observando a carreira como a sequencia não
apenas de posições de trabalhos, mas de percepções individuais, atitudes e
comportamentos, reconhecimento este desenvolvimento como requisito para a
atuação diferenciada do profissional. Desta forma, carreira implica em
desenvolvimento, ou seja, a capacidade para assumir atribuições e
responsabilidades em níveis crescentes de complexidade. Entretanto, esse
aumento de complexidade não deve ter como conseqüência o aumento salarial, pois
o ser humano eleva as complexidades das tarefas naturalmente. Desta forma, caso
as organizações atrelem o aumento salarial ao aumento das complexidades das
tarefas, elas devem elevar os salários dos seus colaboradores com uma
freqüência insustentável. Entende-se por complexidade como um conjunto de
características objetivas de uma situação, as quais estão em processo continuo
de transformação (LE BOTERF, 2003). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As organizações podem estruturas
as carreiras dos seus colaboradores em diferentes formas. A figura abaixo
ilustra a estrutura de carreira em linha:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-wRfzX2XbqHA/TyhkaQBzPiI/AAAAAAAAAFc/pvTleD9QUR8/s1600/grafico+01.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-wRfzX2XbqHA/TyhkaQBzPiI/AAAAAAAAAFc/pvTleD9QUR8/s1600/grafico+01.png" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
A estrutura em linha considera a
evolução do colaborador apenas em sua estrutura vertical. Cada vez mais a
estrutura da carreira em linha é menos utilizada nas organizações, vez que a
progressão na carreira pode ocorrer também no eixo horizontal (mesmo que não
implique em melhoria salarial). Essa situação pode ser exemplificada da seguinte forma: um técnico financeiro é transferido para atuar como técnico na auditoria interna. Apesar de não haver um acréscimo salarial, o colaborador se identifica mais com as atividades da auditoria, agregando maior satisfação e motivação na realização das atividades. Sendo assim, considera-se que houve uma progressão de carreira. Essa estrutura em rede permite o <i>job rotation,</i> estratégia muito comum nas
organizações contemporâneas.</div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
Além dessas duas estruturas,
identifica-se, em casos específicos, a estrutura de carreira em Y, na qual o
indivíduo pode seguir o “braço gerencial”, seguindo o caminho da liderança de
equipes, como pode seguir o “braço técnico” ao se tornar um especialista
essencial para a organização. A definição do caminho dependerá do perfil do
colaborador, destacando-se que em ambas opções a remuneração é equiparada. </div>
<div class="MsoNormal">
Independentemente da estrutura de
carreira que a instituição adote, uma das questões que emergem é: de que forma
ocorre a evolução da carreira? Como a instituição ou o indivíduo pode galgar
posições mais satisfatórias? Como ocorre a migração de um nível para o outro?
Todas essas indagações estão relacionadas com a utilização de sistemas de
avaliação e mensuração de indicadores institucionais que legitimam a progressão
na carreira. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="text-indent: -18pt;"><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="text-indent: -18pt;">Sistemas
de Avaliação para progressão na carreira</b></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="text-indent: -18pt;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Para
o profissional, a progressão na carreira implica não apenas num acréscimo
salarial, mas o reconhecimento institucional de responsabilidades e a agregação
de poder em determinada área. Os sistemas de avaliação são utilizados para
mensurar o grau de desenvolvimento do colaborador a fim de julgá-lo apto ou não
para a progressão na carreira. Desta forma, acreditou-se que os critérios
adotados para esta mensuração deveriam ser objetivos, claros e, principalmente,
seu alcance dependesse majoritariamente do avaliado. O quadro abaixo ilustra
alguns dos principais sistemas utilizados pelo setor público para avaliar seus
servidores:</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Calibri, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Foco<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Base<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Centrado
no trabalho executado<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Esforço<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Centrado
no conhecimento<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Provas<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Centrado
na capacitação<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Títulos<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Centrado
no tempo de empresa<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 216.1pt;" valign="top" width="288"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1;">Tempo
<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoListParagraph" style="text-indent: -18pt;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoListParagraph" style="text-indent: -18pt;">
<b><br /></b></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Esses são modelos centrados na
objetividade, cuja interferência do superior imediato foi minimizada ou até
mesmo eliminada. Entretanto estes modelos não obtiveram muito êxito devido às
injustiças genuínas do próprio modelo, por exemplo: nem sempre aquele que obtém
melhor pontuação na prova agregou resultados à organização. Sendo assim,
adotou-se o modelo de competências, somando-se a subjetividade aos critérios
objetivos.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Em geral, as avaliações de
competência possuem quatro focos: aferição de potencial, análise
comportamental, desenvolvimento profissional e realização de metas e
resultados. A tabela a seguir discrimina os objetivos de cada um destes focos:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<table border="1" cellpadding="0" cellspacing="0" class="MsoTableGrid" style="border-collapse: collapse; border: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-padding-alt: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-table-layout-alt: fixed; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr>
<td style="border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.3pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Foco<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 211.8pt;" valign="top" width="282"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Objetivos e
características<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="border-left: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<b><span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Aplicação<o:p></o:p></span></b></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.3pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Aferição de potencial<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 211.8pt;" valign="top" width="282"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Predizer a adequação futura do profissional
a determinada situação de trabalho, como em posições hierárquicas superiores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Subsidiar movimentações, geralmente
gerenciais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Instrumentos de análise de
potencial<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.3pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Análise comportamental<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 211.8pt;" valign="top" width="282"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Orientar comportamentos observáveis
do profissional de modo a alinhá‐lo a valores, missão e princípios de
atuação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Promover autoconhecimento e
estimular a adoção de comportamentos críticos para a organização.<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td rowspan="2" style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><div class="Default">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Avaliação pelo gestor imediato<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default">
<br /></div>
<div class="Default">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Avaliação por múltiplas fontes<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Comitê
<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.3pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Desenvolvimento profissional<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 211.8pt;" valign="top" width="282"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Observar o grau de desenvolvimento
e maturidade do profissional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Subsidiar decisões em carreira, remuneração fixa
e desenvolvimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Nortear como os objetivos devem ser
perseguidos para a construção do futuro no presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Predomina como avaliação individual<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
<tr>
<td style="border-top: none; border: solid windowtext 1.0pt; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 76.3pt;" valign="top" width="102"><div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Realização de metas e resultados<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 211.8pt;" valign="top" width="282"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Orientar o esforço dos
profissionais para metas e objetivos da organização. Subsidiar remuneração
variável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Nortear para os objetivos a serem
perseguidos, visando a construção do presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Predomina como avaliação coletiva.<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="border-bottom: solid windowtext 1.0pt; border-left: none; border-right: solid windowtext 1.0pt; border-top: none; mso-border-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-left-alt: solid windowtext .5pt; mso-border-top-alt: solid windowtext .5pt; padding: 0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; width: 144.1pt;" valign="top" width="192"><div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="color: #eeece1; font-size: 9pt;">Aferir por indicadores <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Realizar
a avaliação nestes quatro focos agrega mais fidedignidade ao processo de
avaliação meritocrática. Cabe a organização valorar cada um destes focos de
acordo com seus objetivos estratégicos, afinal, a definição dos indicadores que
comporão o sistema de avaliação é baseada no <i>Balance Score Card. </i>Ademais, compete também ao líder acompanhar e
orientar seus subordinados no alcance destes objetivos.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><b>Conclusão</b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;">Realizar
a gestão de carreiras exige uma visão estratégica do gestor: ele deve encontrar
o equilíbrio entre o desafio e a motivação (impulsionando o colaborador ao seu
desenvolvimento nas complexidades das tarefas) e entre a objetividade e
subjetividade nos sistemas de avaliação; cabe ao gestor sincronizar os
critérios de avaliação com os valores e metas institucionais para somar forças
no plano estratégico; compete ainda a adoção de um sistema de avaliação
fidedigno e legitimado pelos avaliados no intuito de propiciar a satisfação do
empregado. Essa tarefa desafiadora reforça ainda mais a ação estratégica da
gestão de pessoas no direcionamento da organização.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
REFERENCIAS:<br />
<br />
LONDON, M.; STUMPF, S. A. Managging Careers. United States of America: AddisonWesley Publishing Company, 1982.<br />
<br />
<br />
BOTERF, Guy Le. Desenvolvendo a competência dos profissionais. 3. ed. Porto Alegre : Bookman,<br />
2003.<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-43554917673622472982012-01-28T18:14:00.000-03:002012-01-31T16:52:48.827-03:00<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-Vd7tsRfGDCk/TyRlIkCybAI/AAAAAAAAAFU/jPRUavTGFKo/s1600/tumblr_ldk6jaFPWd1qetpneo1_400.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="http://3.bp.blogspot.com/-Vd7tsRfGDCk/TyRlIkCybAI/AAAAAAAAAFU/jPRUavTGFKo/s320/tumblr_ldk6jaFPWd1qetpneo1_400.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aos poucos fui percebendo que as coisas que dizia eram
incompatíveis com suas atitudes. Não foi fácil. Demorou um pouco para que eu
começasse a desconfiar dessa incoerência. Ele negava suas origens. Apontava os
erros da sua família, sobressaía os defeitos de forma tão agressiva que era
impossível não comprar aquela conversa.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Claro! Pintou o diabo: a mãe era uma louca materialista,
avessa ao amor e favorável à riqueza. O pai um galinha de quinta que abandonou
a família e nunca assumiu ninguém, mas fez outros 6 filhos em mulheres diferentes. Os irmãos continuaram a perpetuar o nome da tradicionalíssima
família ao se casarem com mulheres “novas ricas”, que adicionaram o nome Vilaça
para entrar na hight society e se tornarem nobres de toga. O importante era a
associação do nome a riqueza. Quem iria discordar que essa família estava
desestruturada? Ele enxergava tudo isso e demonstrava sua aversão a essa
estrutura de valores que o cercava. E eu pensava: “que bom que ele é diferente.
Percebe isso tudo na família e quer construir algo melhor para si.” Acho que estava errada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não acredito no determinismo sociológico. Acredito que somos
agentes de mudanças. Mas também sei que ficar inerte e “deixar a vida levar” é
algo de uma facilidade extrema. Poucos têm a coragem de reagir. Era muito improvável
ele não ter alguns respingos desse ambiente, afinal ele foi criado nisso! Deve
ter concebido a imagem materna e paterna muito diferente da minha concepção. Dificilmente
teve exemplos de valores de ética, humildade e coletividade na infância. Talvez
na adolescência tenha adquirido a habilidade de abstração necessária para a
elaboração de um pensamento crítico e ter iniciado um possível processo de
ressignificação da sua vida. Mas durante a infância foi tábula rasa imersa em
um ambiente favorável a experiências distorcidas. Impossível ser diferente! E acho
que constatei isso...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez mais difícil do que ser deixada e descobrir que seu
amor não existe. O que você amou foi, na realidade, uma ilusão. Hoje olho para ele
e pergunto: “onde está o meu amor? Não é você...” como pude passar um ano ao
lado de alguém que hoje não reconheço? Que sensação estranha, bizarra! Olhar para
o homem que te beijou todos os dias e descobrir que aquele beijo não provoca
mais nenhuma sensação. Não sinto raiva ou ódio. Às vezes parece pena, mas
também não é. Chega próximo a indiferença, mas existe uma vibração angustiante
que descaracteriza o indiferente. Realmente não sei o que é.<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
Enfim, chegou a hora. É o momento de termos uma conversa
madura, transparente, definitiva. Preciso dizê-lo que não há mais amor quando não
há mais admiração. Deixei de admirá-lo por enxergá-lo de uma forma muito
diferente do que aquilo que me encantou. Não quero fazê-lo sofrer: preciso ser polida
o suficiente para dizer a minha verdade sem causar dor (nem em mim, nem nele). É
preciso um pouco de coragem...</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Henrique, a minha vida mudou. Estou com novos planos e
novas perspectivas na minha carreira. Deixei o trabalho no hospital para me
dedicar aos estudos para concurso. Essa é uma jornada que preciso caminhar só. Quero
que você entenda que você não tem culpa disso. Eu gosto muito de você. Mas acho
que nesse momento preciso me concentrar para essa mudança. Preciso de tempo e
muita dedicação nos estudos. Não queria ver nossa relação ruir em brigas e
desavenças. Por isso pensei em preservá-la. Deixaremos apenas momentos felizes
em nossa história. Isso talvez seja o suficiente para resgatá-la no futuro. Mais
uma vez conto com seu apoio. Abraços...”</div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-15925493046385967302012-01-28T12:51:00.002-03:002012-01-28T16:56:25.640-03:00<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ISnLAW_6Dms/TyQZfRQI0CI/AAAAAAAAAFM/D3oX9bESgok/s1600/1216953550_mulher_com_venda_nos_olhos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://2.bp.blogspot.com/-ISnLAW_6Dms/TyQZfRQI0CI/AAAAAAAAAFM/D3oX9bESgok/s320/1216953550_mulher_com_venda_nos_olhos.jpg" width="231" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existia um vazio.Era um sentimento oco, desprovido de sustância.
Faltava o calor, a intensidade, a entrega, dignos dos apaixonados. Talvez por não
se permitir iludir não tenha permitido se apaixonar. Será que realmente é
necessário o conteúdo da ilusão para que exista a paixão? Paixão é sofrimento. Acho
que descobriu quanta falta fazia esse sofrimento...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fato de ter expurgado a paixão de sua essência a fez mais
constante. Era difícil vê-la chorar, se desequilibrar, e também era difícil a
ver plena, satisfeita, em êxtase. Vivia numa constante quase melancólica, onde
quase nada a afetava, quase nada admirava. Apenas ele despertava um
interesse... Queria dizer uma admiração, mas ela continha tanto seus ímpetos
que eu nem sei o nome que se dá.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se fosse comigo, não teria dúvidas em me entregar... Claro! Se
vai dar certo ou não, é outra coisa. Permitiria me apaixonar novamente, andar
no shopping de mãos dadas, ir ao cinema, conhecer família e amigos, descobrir
que ele ronca, brigar pelo canal da televisão, me chatear imaginando que ele não
gosta mais de mim, depois receber um beijo bem gostoso e ouvir que “eu estou
viajando!”. Trocar carinhos, conversar por olhares, permitir uma intimidade única...
Como é bom estar apaixonada! Mas ela fugia disso. O que viveu no passado não justifica,
pois não se pode dizer que sofreu por amor. Teve algumas decepções, algumas
grandes decepções, mas poucas. Talvez suficientes...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O fato é que ela queria, mas não iria comprar. Não fazia
sentido manter essa relação estéril. Soube como afastá-lo de si. Aos poucos ele
deixou de participar de sua vida. Aos poucos ela se afastou. Agora começava a
luta para afastá-lo dos seus pensamentos. Sabia como afastar da sua presença,
mas não sabia como esquecê-lo. Depois ela pensa nisso... Está na hora de
começar a reunião.</div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-58619556740686808872011-10-09T17:36:00.002-03:002011-10-23T11:11:30.839-03:00Condição Humana<a href="http://4.bp.blogspot.com/-hAaJ_L00D_g/TpIHmZxeJ2I/AAAAAAAAAFI/VhWYBrYTtNk/s1600/Picasso-Mulher-em-frente-ao-Espelho-1932.jpg"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5661596037892941666" src="http://4.bp.blogspot.com/-hAaJ_L00D_g/TpIHmZxeJ2I/AAAAAAAAAFI/VhWYBrYTtNk/s320/Picasso-Mulher-em-frente-ao-Espelho-1932.jpg" style="cursor: hand; cursor: pointer; display: block; height: 320px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 262px;" /></a><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Preso em mim. Dentro de uma cela podre, fétida, úmida e fria. Diante do escuro, muito escuro, a única visão que eu tinha era de mim mesmo. Estava sentado no chão. Encontrava um resquício de conforto abraçando minhas cansadas pernas, mais pelos do que pernas. Minhas barbas arranhavam suavemente meus joelhos sujos. As vezes esfregava fortemente os dedos contra a testa e os olhos, numa angústia descontroladamente presente. Era capaz de arrancar um dos calos das mãos com as unhas. O meu corpo nunca se fez tão presente como naquele momento: era apenas ele que eu sentia. Alias, ele era a primeira e ultima coisa que eu sentia. Apesar de estar preso, estava longe. Minha mente passeava por todos os lugares que vivi nestes últimos dois anos. </div>
<div class="MsoNormal">
O medo se faz presente, mas o que mais me espanta é a culpa. Não era por acaso que eu estava ali. Mesmo tendo convicção da minha inocência, sei que contribui para esse fim. Era como se eu também concordasse em ter que sofrer essa punição como esperança corretiva da minha condição. </div>
<div class="MsoNormal">
Com minha anuência, resolvi enfrentar a situação de temor e culpa. Não queria viver isso, sentir essa dor, mas era necessária. Parecia o fim. Realmente estava chegando ao fim. Sei que terei que ficar nessa cela por um bom tempo e apenas eu concederei minha liberdade. É hora de calar-se.</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p></div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-8427478667911776802011-04-30T19:23:00.004-03:002011-04-30T19:45:57.554-03:00Síndrome da Flexibilização de Valores<p align="justify"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-CXtB-BNLwxc/TbyNaf-HZyI/AAAAAAAAAE8/slYvAtvOOA4/s1600/Indiv%25C3%25ADduo%2BColetivo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5601507522940200738" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 299px; CURSOR: hand; HEIGHT: 213px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://3.bp.blogspot.com/-CXtB-BNLwxc/TbyNaf-HZyI/AAAAAAAAAE8/slYvAtvOOA4/s320/Indiv%25C3%25ADduo%2BColetivo.jpg" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Tudo começou com uma simples observação: ou eu o tempo estava me deixando ainda mais careta, old, quadrada, ou a juventude estava flexibilizando cada vez mais os valores e conceitos. Percebi um conjunto de sinais apresentados pelos jovens que me induziriam a acreditar na segunda hipótese:<br /><br /><em>Redução de satisfações à sociedade<br />Priorizar questões individuais<br />Relativização dos julgamentos (certo ou errado)<br />Grande elevação no número de relacionamentos “abertos”<br />Pouca importância com os conflitos do outro<br />Diminuição do apego<br />Comportamentos frios e superficiais<br />Maior importância para os fins do que para os meios<br />Dificuldade com a estabilidade<br />Influenciáveis<br />Relações instantâneas, intensas e descartáveis<br />Facilidade de se reconfigurar </em></span><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><br /><br />Síndrome é o conjunto de sintomas e sinais que definem uma mesma patologia. A flexibilização de valores é a conseqüência mais visível para a acumulação de todos os sintomas acima apontados: os valores não são mais estanques, ajustados, definidos em si mesmos; eles são fluidos, misturados e relativizados. Mês passado aquela dúvida que citei no início deixou de existir: a síndrome da flexibilização de valores é real. Sabe o pior? Não é privativo dos jovens, mas sim da sociedade. </span></p><br /><div align="justify"><span style="font-family:verdana;font-size:85%;">Hoje somos engolidos pelo sistema: trabalhamos muito para consumir aquilo que nos fazem acreditar que é uma necessidade. A mudança é constante. O tempo e o espaço foram reduzidos com a velocidade da internet e da comunicação on-line. A adaptação, que sempre foi marca da evolução da espécie, passou a ser exigida cada vez mais devido às inúmeras e intensas mudanças. Estamos imersos e regulados por aquilo que Max Weber conceituou como <strong>racionalidade instrumental</strong>. Entende-se por esta razão aquela cuja “ação que se baseia no cálculo, na adequação de meios e fins, procurando obter com um mínimo de dispêndios um máximo de efeitos desejados, evitando-se ou minimizando-se todos os efeitos colaterais indesejados.” (FREITAG, 1994, p.90). Diante disso percebemos que a grande conseqüência dessa racionalidade instrumental aliada à redução do tempo e espaço do mundo moderno foi a perda da autonomia do indivíduo. O que isso quer dizer? Que os indivíduos passaram a ser comandados pelo sistema em toda sua inteireza. Ingenuidade acreditar que a razão instrumental regularia apenas as relações trabalhistas: ela se expande para as relações sociais.<br /><br />“Você viu como a nossa arma estava afiadinha? Você viu o estrago que ela fez?” Essa foi a constatação de um dos suspeitos de ter vendido a arma utilizada por Wellington Menezes de Oliveira, responsável pelo massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro. O cenário de dor e sofrimento foi irrelevante diante da eficácia do produto vendido pelo sujeito. Essa razão que norteia essa criatura é a mesma que explica as corrupções, assassinatos, além de pequenos atos de um cidadão tido como comum. Não quero dizer que qualquer cidadão seria capaz de emitir esse comentário, o quero expor é que esse pensamento é resultado da falta de autonomia a qual falei anteriormente.<br /><br />A constante mudança, intensa rapidez com que as informações, padrões, sistemas e processos são reformulados, substituídos, descartados e reconstruídos permite o afrouxamento de algumas estruturas do indivíduo. Zigmunt Bauman utilizou em seu livro Modernidade Líquida a metáfora da “fluidez” ou “liquidez” para caracterizar a contemporaneidade. É justamente essa fluidez que permite a reorganização das moléculas para a adequação ao espaço a ser ocupado.<br /><br />Antigamente poderíamos caracterizar a sociedade como resistente, onde o sagrado era evidenciado, havia maior valorização do passado, das crenças e das tradições. As mudanças sempre estiveram presentes e demandavam a adaptabilidade e transformação do indivíduo, porém como a sua constituição era sólida, essa transformação constituía-se em lapidações, na qual se preservava a essência indivíduo, sendo impossível acoplar um quadrado num espaço circular. As mudanças continuaram e nesse contexto, os primeiros sólidos começaram a se derreter para permitir uma melhor adaptação. Bauman continua seus estudos constatando que a modernidade fluida repercutiu numa grande alteração na condição humana com tendência de desenvolvimento nos conceitos básicos da emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e a comunidade. O tempo e o espaço são extremamente reduzidos. A modernidade concentra esforços para alcançar rapidamente um objetivo que se distancia cada vez que se aproxima. O homem moderno é aquele cuja estagnação é impensável. Nas organizações, nos deparamos com a geração Y, folgados, distraídos, superficiais e insubordinados. Não “vestem a camisa da empresa”, pois não tem compromisso de fidelidade e lealdade a ela – “vou para quem me der mais”. É necessário estar sempre à frente, o que inviabiliza uma construção sólida para sustentar todas essas contínuas e repentinas transformações. A identidade é desprezada, pois não existe identidade essencial na liquidez: a “identidade” na liquidez depende do ambiente. Qual o reflexo dessa instabilidade da modernidade na construção do indivíduo? A instabilidade do próprio indivíduo.<br /><br />Como posso manter a integridade dos valores numa modernidade líquida? Além disso, como posso construir valores, conceitos e até mesmo uma identidade num tempo de fluidez da sociedade? Se a construção do indivíduo está sendo afetada com essa mudança social, imagina as relações sociais: descomprometidas, desacreditadas, descredibilizadas. A frieza e desumanidade da frase emitida pelo suspeito de vender a arma para o assassino do Realengo reflete seu descompromisso e insensibilidade com o coletivo. O que podemos fazer para evitar a síndrome de flexibilização de valores decorrente da racionalidade instrumental? Discussão para o próximo post.<br /><br /><br /></span><br /><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em>FREITAG, Bárbara. A teoria crítica: ontem e hoje, São Paulo: Brasiliense, 1994 </em></span></div><br /><div align="justify"><br /><span style="font-family:verdana;font-size:85%;"><em>BAUMAN, Zigmunt. Modernidade Líquida. São Paulo: Zahar, 2001.<br /></em></span></div>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-85579470593434229362011-03-24T20:07:00.000-03:002011-03-24T20:07:50.350-03:00Eu e meu eu-lírico: Juventude e boa vontade<a href="http://euemeueu-lirico.blogspot.com/2011/03/juventude-e-boa-vontade_23.html?spref=bl">Eu e meu eu-lírico: Juventude e boa vontade</a>: "É inevitável falar sobre os jovens de hoje em dia sem fazer uma comparação com a geração anterior. Costumo ouvir que a juventude atual é aco..."Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-28333532902916579582011-03-20T00:14:00.000-03:002011-03-20T00:32:26.490-03:00Dia da Mulher<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/-wgY80ghU1es/TYV1PTBb-BI/AAAAAAAAAE0/h5qt_SJg7Xo/s1600/mulhermaravilha13.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 226px;" src="http://4.bp.blogspot.com/-wgY80ghU1es/TYV1PTBb-BI/AAAAAAAAAE0/h5qt_SJg7Xo/s320/mulhermaravilha13.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5585999818487756818" /></a><br />Dia Internacional da Mulher! Minha mente já está condicionada a pensar na figura delicada, meiga e linda, sempre ao lado de uma bela rosa vermelha. Uma poesia dedicada à beleza da mulher, ao equilíbrio entre a sutileza e força. Uma declaração de amor do marido, reconhecendo a dedicação da sua esposa. Uma mensagem empresarial reconhecendo o crescimento das mulheres (em números e resultados) na organização. Sugestão para presentes: flores! Enfim, clichês.<br /><br />Os clichês têm seu lugar. Primeiro porque, se virou clichê, é porque houve repetições. Se houve repetições é porque houve aceitações. Portanto, os clichês, em algum momento, satisfizeram a maioria. O problema do clichê é a previsibilidade... Resultado? Elas cansaram de serem homenageadas com esses clichês.<br /><br />Hoje elas são mais do que independentes, ousadas, inteligentes, guerreiras. As mulheres de hoje: “pães” (pai+mãe); “solteiras sim, sozinhas nunca”(mulher melancia); “mulher não trai, mulher se vinga” (aviões do forro); “arranjar um amor só pra me distrair” (Alcione); “quantos homens me amaram, bem mais e melhor que você” (Chico); “contornei” (Márcia, Zorra Total); “Sexo sem compromisso (filme que preciso assistir!)”. Vamos “retirar todo o lençol” e mostrar que elas não precisam mais só da auto-afirmação do equilíbrio: esposa-mãe-trabalhadora. É preciso auto-afirmar a relação da mulher com sua sexualidade. Sem pudores, vergonha ou preconceito.<br /><br />Hoje elas são gays, bi e mães. Optam pela produção independente ou por não terem filhos. Por não casar ou por trair. Têm vários parceiros ao longo da vida. Beijam amigos e amigas (e às vezes transam), sem compromisso. Realizam suas fantasias. Partem para a conquista! Tomam atitude. Dão na primeira noite. Por favor, não vamos entrar no mérito da promiscuidade. O discurso gira em torno da flexibilização dos pré-conceitos do século passado. Àquele que julgar uma mulher como vadia por ter transado na primeira noite é tido como, no mínimo, limitado (que o diga Diogo do BBB11). Vamos tomar por referência aquela mulher linda, meiga, educada, jovem e independente: ela pode fazer tudo e manter sua saúde sexual e sua idoneidade. Hoje, elas podem!<br /><br />A história começou com os clichês, onde a homenagem das mulheres era regada à flores, poesias e declarações. O que fazer para sair desses clichês? Continuam as flores, poesias e declarações – pois elas adoram. Elas querem também ser reconhecidas pelo lado loba. Está na hora de acabar com o tabu que é a libido feminina. Quebrar esses limites machistas já rachados pela ascensão financeira das mulheres. Homens: presenteie-as com lingeries e brinquedos; músculos e inteligência; preliminares e rapidinhas; lealdade e virilidade. Cuidem-se e compareçam com qualidade, afinal elas querem, merecem e terão (estando vocês presentes ou não).Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-610838737103183802011-03-19T22:18:00.000-03:002011-03-19T22:23:09.596-03:00Comecei faltando dois dias na semana. Depois uma semana. Depois um mês. Já são três meses sem “academia”! O pior é isso. Já sinto os sinais da ausência dos exercícios. Pensamento lento, sensação de ultrapassada, desatualizada, restrita e o pior, vazia. Agora é recomeçar. Preciso enfrentar novamente o recomeço. Tive que me forçar a dar o primeiro passo, publicando esse desabafo no blog (nada a ver), mas tudo bem.<br /><br />Em breve novos conteúdos.Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-23471815303112607222010-12-13T09:19:00.000-03:002010-12-13T09:20:08.625-03:00Será que faz sol?<em><blockquote>Será que faz sol?<br />Quero sair de novo com ela<br />Vê-la de biquíni será o máximo e George Harrison no carro, certeiro!<br />Será que faz sol?<br />Eu não me importo, mas e se ela der essa desculpa?<br />Será que chove?<br />Poderíamos ficar na cama, fazendo amor, ouvindo música, jogando conversa fora e bebendo vinho pra esquentar (mais?!)<br />Será que ela topa?<br />Não..., dirá que não me conhece bem, melhor a praia!<br />Será que faz sol?<br />Vou olhar no site, mas pra garantir, e como sou de Ogum, pedirei a ele que fale com Oiá pra não mandar a tempestade<br />Não quero ela com medo...<br />Desejo-a linda, e de biquíni! </blockquote></em>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-30934155267221768362010-12-02T22:33:00.000-03:002010-12-02T22:39:02.323-03:00Vai que Neva?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TPhKLsQnWMI/AAAAAAAAAEk/e5hav2fSYgU/s1600/boneco-de-neve-nevando-4101a.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TPhKLsQnWMI/AAAAAAAAAEk/e5hav2fSYgU/s320/boneco-de-neve-nevando-4101a.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546264505826629826" /></a><br /><br />Vai que neva?<br />Substituir sua irmã<br />Numa capacitação<br />Num domingo de manhã<br />“Qual a nova discussão?”<br /><br />Vai que neva? <br />Vou daqui a pé<br />Para o Bonfim ver a lavagem<br />Sem nenhuma fé<br />Terei alguma miragem?<br /><br />Vai que neva?<br />Marcar um encontro chato<br />No dia pré-menstrual<br />Com um pé no saco chato<br />Nada será natural<br /><br />Vai que neva?<br />Ir pra o estádio<br />Ver dois times de nem sei o quê<br />Com dois amigos<br />Apenas pra ter o que dizer<br /><br />Vai que neva?<br />Um biquíni vou levar<br />Pra um encontro das garotas<br />Muita Ice e pouco War<br />Quem será a mais escrota?Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-38702804820347799112010-12-02T21:15:00.000-03:002010-12-02T21:23:49.588-03:00E eu?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TPg4RLys9XI/AAAAAAAAAEc/opsrY0KcfME/s1600/mulher-oriental--arte-4627b.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TPg4RLys9XI/AAAAAAAAAEc/opsrY0KcfME/s320/mulher-oriental--arte-4627b.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5546244808981149042" /></a><br />Finalmente o grande dia havia chegado! Juro que tentei sentir a felicidade que eu demonstrava, mas o que realmente me dominava era um vazio muito angustiante. Acordei as 05:00h e a primeira coisa que fiz foi me despedir da minha cama de solteiro, da casa dos meus pais, do meu quarto... Durante o banho, ao invés de pensar em como seria meu dia de noiva, o meu pensamento vagava pelas lembranças da minha infância, pelos namoradinhos de adolescência, pela poucas noites de amor com meus poucos homens, pelas inúmeras farras com minhas amigas, pelas incontáveis noites varadas nas boites, pelos dias de trabalho de virote... As lágrimas se misturavam com a água do chuveiro. Acho que foi importante eu chorar pois aliviou minha angústia antes de encarar meus pais, já na sala, aguardando minha saída. Recebi-os com um grande abraço e forçando muitos sorrisos. Não consegui evitar o choro – nem o meu nem o de minha mãe – mas tenho certeza de que os convenci de que este era o dia mais feliz da minha vida, mesmo eu tendo certeza que não.<br /><br />Foram 11 meses de um relacionamento intenso, mas muito oscilante. Talvez por termos uma diferença de 13 anos, nosso relacionamento foi marcado por muitas incompreensões. Brigávamos muito, mas, em compensação, tínhamos um encaixe perfeito. Éramos excelentes amantes! Mas o maior problema para mim não eram os momentos de vale: eu não conseguia esquecer o Juca. E quer mais uma e a pior revelação: até hoje eu não consegui esquecer... Mas não posso chorar o leite derramado. Há três meses descobri que uma pessoinha estava sendo construída dentro de mim. Imagina! Eu, com 22 anos, sem qualquer experiência, em breve seria mamãe. Não sei fazer um ovo cozido! Mas tudo bem... Qual a mulher que estava preparada pra ser mãe? Creio que eu tenha ficado feliz com a notícia da gravidez, mas junto com ela vinha o problema: o pai. Não tinha outra opção que não o casamento.<br /><br />Pense numa alegria abestalhada, foi o Luciano quando soube que seria pai. Imediatamente ele já pensou em reformar o quarto da TV para o bebê. Logo depois, decidiu a igreja que nos casaríamos. Ele realmente gostava de mim, apesar de já ter aprontado muito. Mas eu tinha certeza que não correspondia àquele sentimento. O Juca sempre esteve presente nos meus pensamentos, principalmente quando começamos a trabalhar na mesma empresa nesse ultimo semestre...<br /><br />Fui para o meu dia de noiva. Num intervalo entre massagens e banhos relaxantes eu choramingava sozinha (celular nem pensar). Durante a limpeza de pele, com os olhos fechados, pude perceber na mudança que estava prestes a ocorrer: eu iria constituir uma família com um homem que não amo. Neste momento já não tinha mais lágrimas pra chorar – e também os chás tranqüilizantes já estavam fazendo efeito. Mas mesmo não existindo lágrimas, uma tristeza profunda me fazia suspirar e borbulhar inúmeras dúvidas: será que eu amarei o Lu? Será que eu serei feliz? Será que o Juca sairá definitivamente da minha vida? Será que eu quero que ele realmente saia? Não havia espaço para eu pensar em meu bebê...<br /><br />De repente, aqui estou. Linda. Linda, como nunca me senti antes. Dentro desse carro (que tem tanta história pra contar), sentindo o frio do ar condicionado ressecar meus olhos e ouvindo o som do motor se confundir com os sussurros dos convidados que estão fora da igreja. Meu pai fala algumas palavras que eu não consigo compreender. Não estou prestando atenção. Se ele imaginasse que minha carcaça é o oposto do que sinto, com certeza me levaria agora para casa. Ele desce do carro e abre a porta: “- vamos, minha filha.” Calma! Muita calma! Suspiro fundo e incorporo a personagem: estou realizando meu grande sonho...Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-71478455224256018532010-11-10T20:25:00.000-03:002010-11-11T12:32:42.728-03:00Apenas mais uma sobre perdas...<a href="http://1.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TNsqlvMte5I/AAAAAAAAAEU/0ewUgkQQ1Ow/s1600/falsidade.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 227px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TNsqlvMte5I/AAAAAAAAAEU/0ewUgkQQ1Ow/s320/falsidade.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5538066994595462034" /></a><br /><br />É muito fácil falar sobre nossos amigos. Amigo é aquele que escolhemos para compartilhar nossos momentos, nossa história. Falar de um amigo pode até parecer difícil, mas com certeza a dificuldade está em encontrar palavras que consigam expressar o sentimento que nos envolve. Existem músicas, livros, poesias que exaltam essa relação tão nobre e fundamental que é a amizade. Difícil é a gente falar do sentimento de ex-amigo.<br /><br />Acho que nossa primeira reação quando percebemos o distanciamento de um amigo é dizer que a culpa é dele. Mas comigo não foi assim. Percebi que ela estava mais distante de mim e busquei, mais uma vez, encontrar em mim o motivo desse distanciamento. Só que ao invés de ir conversar, o que já ocorreu outras vezes, resolvi encontrar essa resposta comigo mesma, sem compartilhar com ninguém, nem mesmo com ela. O tempo passou, passou, passou e hoje somos meras conhecidas que nos falamos por obrigação. O que levou a isso? O que pode fazer uma amizade definhar? O que levaria uma de nós a se afastar da outra? Adianto logo que nada, nadinha aconteceu. O que aconteceu – e disso eu tenho certeza – foi uma mudança de sentimento inexplicável (que vou tentar explicar).<br /><br />Certa vez em algum texto de filosofia, li que somos afetados por aquilo que admiramos, como se a admiração fosse algo primordial e necessário para destacar alguma figura do fundo. Portanto, tudo que temos interesse, gostamos, amamos nessa vida, passou primeiro pelo “status” de admirado. A partir dessa viagem, posso garantir: deixei de ser admirada (e talvez de admirar). Esse foi o resultado dessa mudança de sentimento. Não sei quais as etapas que o meu amor passou para chegar ao marco zero (sou incompetente e suspeita para isso, afinal de contas minha versão é enviesada), mas o fato é que uma flor tão bonita e vistosa morreu em agonia.<br /><br />Entristece-me muito descobrir que era algo superficial. Juro que acreditei que a raiz era muito mais profunda. Realmente pensei que essa flor era forte o suficiente para resistir às nossas vaidades e os ímpetos que surpreendem nosso ego (que muitas vezes julgamos não os ter). Jamais julguei que era algo unilateral, mas às vezes tenho a sensação de que supervalorizei ou até mesmo sobrecarreguei algo que ainda pertencia à categoria do normal. De qualquer forma, percebo que a ausência dela me angustia muito. Assumo que tenho medo de reatar nosso relacionamento, mas não tenho como disfarçar a saudades que sinto da nossa cumplicidade, das conversas, dos conselhos. Sinto falta de admirá-la, mas acabo agindo da mesma forma que ela, com indiferença... Não para revidar, mas uma opção espontânea. Isso me preocupa muito!<br /><br />Isso me faz entrar em contato com um “eu” que geralmente tentamos esconder. O lado B. Como posso ser tão mesquinha, cruel, infantil e imatura ao ponto de permitir tratar com indiferença alguém que compartilhou bons momentos comigo? Sabe o que é isso? Vaidade! Orgulho! E olhe que nem sou orgulhosa. Percebo o quanto tenho que evoluir. Vejo o quanto devo me lapidar para me tornar uma pessoa mais digna de graças. Mas sabe, diante desse lodo repugnante, confesso uma coisa: jamais deixarei de cuidar dela. No que for possível e ao meu alcance, resguardarei a sua integridade.Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-89910621821308190222010-10-18T21:01:00.000-03:002010-10-19T09:28:47.825-03:00Crônica de uma perda<a href="http://1.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TLzge6RHeWI/AAAAAAAAAEM/p6OeAo8D8BA/s1600/DEPRES~1.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 295px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TLzge6RHeWI/AAAAAAAAAEM/p6OeAo8D8BA/s320/DEPRES~1.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5529541264145873250" /></a><br /><br /><br />Como expressar em palavras um vazio tão profundo que nem mesmo o silêncio dá conta de representar? Nem mesmo a escuridão... o vácuo, talvez. É um nada ensimesmado, cuja a realidade não faz sentido algum. Acordar ou dormir, comer, caminhar é quase que uma obrigação, não pela ausência de vontade de fazer, mas de não encontrar sentido algum em fazer... ou não fazer. Como dói perder quem amamos. Fiquei sem referência, sem um norte, sem um farol, um porto, nada. Apenas eu em um barco perdido na imensidão do oceano, sem sequer o céu, quiçá a lua ou as estrelas; apenas a escuridão e o balanço nauseante do meu eu.<br /><br />O que faço agora? Nem tenho estímulos que me façam pensar no amanhã... Escrevo apenas como um desabafo. Meu Deus, que sensação terrível de impotência diante desse fim que nunca acabou! A primeira sensação que tive foi desespero. Aquela angústia terrível, aquele nó na garganta, uma palpitação interminável, lágrimas e gritos incessantes. Tudo isso girava em torno da minha inaceitação daquela morte. Depois veio a raiva. Sentia muita raiva daquele irresponsável embriagado que o atropelou. Jurei que faria justiça com minhas próprias mãos. Mas esse sentimento de raiva não ocupou o lugar do desespero; foi uma sobreposição. Sentia as duas coisas ao mesmo tempo. Acho que só passei por essa fase por causa do Rivo. <br /><br />Hoje a sensação é estranha. Continuo sentindo uma angústia melancólica, mas não consigo ver sentido em nada na minha vida. Aliás, para que fazemos isso tudo se também iremos morrer? Para que estudar, trabalhar, crescer, procriar? Quando me tornei mãe, tive a sensação que cheguei à plenitude: o sentido da vida é se doar aos filhos. Senti um amor inigualável, incondicional, gigantesco por aquele ser que saía de dentro de mim. <br /><br />Mas a vida me ensinou que para todo Yang existe um Yin e experimentei as trevas (e acho que nunca sairei daqui). A sensação que tenho é que de nada vale construir, dar um passo, agir, pois tudo vai acabar, vai apodrecer. Talvez nunca consiga fazer entender esse meu vazio. Nada é análogo a esse sentimento. Não é só saudade, só luto, só tristeza, só impotência, só angústia, só desamparo, só desespero, só desilusão, só desesperança, . É uma sopa de sensações que me desconecta da realidade e me introspecta. Nunca mais serei a mesma. Nunca mais enxergarei as cores do mundo, os cheiros, os sabores. <br /><br />Mais uma vez as lágrimas rolam rosto a baixo. Mais uma vez me questiono: Por que, meu Deus, por que tirou meu pequeno dos meus braços? Por que achou que eu teria forças para superar a perda de meu único filho? Sem respostas e já exausta dessa tortura, pego meu comprimido e vou dormir.Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-53811614535735379112010-09-19T19:46:00.000-03:002010-09-22T21:38:20.550-03:00Sobre o Normal e o Patológico<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TJaUHru7DeI/AAAAAAAAAEE/59b701wMK6M/s1600/ondadesom.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 180px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TJaUHru7DeI/AAAAAAAAAEE/59b701wMK6M/s320/ondadesom.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5518761253108649442" /></a><br /><br />Vamos para mais um assunto “psi” do nosso dia-a-dia. Semana passada estava lendo uns textos que abordavam sobre a evolução do DSM (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais) e suas principais modificações. Algumas questões são bem interessantes como a grande influência de Freud para o DSM I ou a preocupação em romper com referenciais teóricos no DSM III. Entretanto, uma questão me chamou ainda mais atenção: o aumento exponencial do número de categorias – 180 categorias no DSM II, 295 no DSM III e 350 no DSM IV. O que isso quer dizer?<br /><br />Quer dizer que os cientistas descobriram novas doenças? Que surgiram novas perturbações? Ou que se rotulou como patologia aquilo que antes era considerado normal? <br /><br />Posso até ter a sensação de que a sociedade adoeceu um pouco, que as famílias enfraqueceram, que o amor se fragmentou, que o profundo se tornou raso e que o tempo é tão escasso que precisamos nos sobrepor no espaço para darmos conta do que nos é pedido. Mas será que isso alavancaria o número de doenças? Não temos como negar que algumas patologias surgiram, como por exemplo, a anorexia, bulimia, síndrome do pânico, etc. Mas até que ponto o Menino Maluquinho não é hiperativo? Dr. House não sofre da Síndrome do Mau-humor? Macunaíma não é um perverso? Dom Casmurro era depressivo? Será que realmente é preciso o metilfenidato ou a fluoxetina para equalizar o que está destoando? Será que não estamos encurtando o espaço do normal e, consequentemente, ampliando o do patológico? Acho que fica claro a influência da indústria farmacêutica nessa atual classificação.<br /><br />Se formos atribuir culpas a isso, podemos também incluir a influência midiática no desenho do ideal inalcançável – inclusive de saúde – e também o adoecimento da sociedade, como disse antes. Mas não é essa a intenção. Acho que devemos recuperar mais a nossa “ânima”, aceitar nossas oscilações, viver nossas angústias, permitir que as lágrimas caiam, que as gargalhadas escapem... Quem sou eu para falar de emoções, mas sei que elas são assim: montanha russa, terremoto, adrenalina. Intensidade! Será que estamos deixando de ser mais intensos? Será que estamos nos desumanizando? <br /> As coisas estão tão superficiais, tão efêmeras que o apego é algo quase que impossível de se estabelecer. Também percebi que as pessoas andam meio carentes (outro dia num barzinho uma garota, que ninguém conhecia, contou todos os problemas em menos de 20 minutos, falando do pai, irmão, terapias, etc.). Pode ser que essa carência é pela falta do apego e que o apego é pela falta da intensidade. Não tenho como estabelecer esse nexo causal. O que sinto é que temos que recuperar nosso contato, nosso calor, permitir que nossas vísceras se expressem. Temos que aceitar que nossos sentimentos têm amplitudes e freqüências e que sentimentos lineares e constantes é que deveriam ser patologizados. Faz parte de ser humano vivenciar a intensidade das emoções, perder o controle, deslizar, gritar, extrapolar. Acho que precisamos nos permitir sentir...<br /><br />Que ninguém pense que esse meu discurso é contra a psiquiatria. Jamais mancharia essa área deslumbrante da medicina. Minhas palavras são apenas para trazer para nossa realidade os inúmeros discursos que estão ocorrendo sobre essa temática.Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-79365829710658693112010-08-12T12:42:00.000-03:002010-08-12T16:03:17.395-03:00A Caixa de Pandora<a href="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TGQWukqb_xI/AAAAAAAAADs/ODSwOYHdrnE/s1600/Caixa-de-Pandora.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 272px; height: 320px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TGQWukqb_xI/AAAAAAAAADs/ODSwOYHdrnE/s320/Caixa-de-Pandora.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5504549633925054226" /></a><br /><br /><br /><blockquote>O titã Prometeu presenteou os homens com o fogo para que dominassem a natureza. Zeus, o chefão dos deuses do Olimpo, que havia proibido a entrega desse dom à humanidade, arquitetou sua vingança criando Pandora, a primeira mulher a habitar o planeta. Por ser sua primogênita, Pandora recebeu os melhores e mais perfeitos atributos dos deuses. Recebeu de um a graça, de outro a beleza, de outros a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Hermes, porém pôs no seu coração a traição e a mentira.<br /><br />Prometeu foi condenado por Zeus a ficar 30.000 anos acorrentado no Monte Cáucaso, tendo seu fígado comido pelo abutre Éton todos os dias. Mas, antes disso e diante da possibilidade de outras vinganças de Zeus, Prometeu preveniu seu irmão, Epimeteu, que recusasse todo presente vindo do deus dos deuses. Entretanto, diante de toda a perfeição de Pandora, Epimeteu ignorou os conselhos do irmão e aceitou Pandora como esposa.<br /><br /> Epimeteu carregava consigo uma caixa recebida de presente pelos deuses que continha um arsenal de desgraças para o homem, como a discórdia, a guerra e todas as doenças do corpo e da mente mais um único dom: a esperança. Apesar de não revelar o conteúdo, Epimeteu pediu à esposa que não abrisse aquela caixa sob qualquer circunstância.<br /><br />Entretanto, Pandora desobedeceu seu marido e abriu a caixa. Segundo Hesíodo, o poeta camponês, Pandora teria aberto a caixa levada pela curiosidade, de onde saem todas as desgraças e calamidades para os homens que viviam tranqüilos e felizes até então. Ao fechá-la, rapidamente, conseguiu prender em seu interior a esperança que por séculos ficaria encerrada como uma promessa de retorno aos felizes e ditosos tempos da infância da espécie humana sobre a Terra.</blockquote><br /><br /><br /><br />Conseguimos perceber com bastante clareza a relação entre a mulher e a beleza, a sensualidade, a dissimulação e a destruição. A Bíblia também traz essa vinculação ao atribuir à Eva a responsabilidade de disseminar o mal na Terra. Espanta perceber que a razão da minha concepção está na sensualidade e na destruição. E ainda temos esperança em destruir ou ao menos reduzir o machismo que nos impõe à submissão e nos resume à meros recipientes reprodutores! Quer dizer então que fui eu que mordi a maçã e condenei o pobre coitado do Adão, tão puro e obediente, à expulsão do Paraíso; eu que abri a temível caixa, traindo a confiança do meu grande amor e libertando o mal para todos os inocentes? Como retirar esse rótulo das mulheres se sua criação foi para um fim triste? Se fomos nós as culpadas pelas desgraças da humanidade?<br /><br />Para não mergulhar (ainda mais) num discurso feminista, vamos fazer outra leitura sobre o mito de Pandora. Alguns percebem que a caixa representa o desconhecido e que a curiosidade humana em responder às obscuridades do desconhecido é que provoca o mal e a destruição. Acho que não consegui fazer essa leitura, afinal o conhecimento – ou a ciência – proporcionou inúmeros alívios às mazelas oriundas da caixa de pandora. Então vamos voltar ao meu discurso rebelde.<br /><br />Por que não conceber o mito de Pandora como representativo de uma grande injustiça? Vamos por partes. Zeus, o poderoso chefão, concebe sua primogênita impregnado de raiva e vingança. Que pai é esse que agrega atributos de perfeição a sua filha pensando em seduzir um homem para vingá-lo? Animalesco! O pior é que a vingança já havia sido concretizada com a punição sadista dada a Prometeu.<br /> <br />Ok. Outra parte. A coitada da Pandora se casa com Epimeteu e tinham tudo para viver felizes para sempre, se não fosse a maldita caixa. Nem vou entrar no mérito “por que Epimeteu não contou o que havia dentro da caixa?” porque existem várias versões para o mito. Alguns dizem que foi Pandora quem trouxe a caixa e abriu na frente de Epimeteu; outros que ela trouxe e ele abriu... Enfim, a próxima parte é: por que Zeus não espalhou o mal na Terra já que ele era o todo poderoso? Independente da versão, a culpa foi da coitada da Pandora. Em qualquer uma das hipóteses ela não sabia o que havia na caixa e esta foi criada como uma armadilha! Ou seja, a caixa não foi feita para realmente guardar o mal, mas para ser aberta. O pior é que ou foi Pandora quem abriu, ou a caixa era dela ou as duas hipóteses. Quer dizer: Epimeteu "tá de boa" nisso tudo, já que: a) se a caixa era dele, ela desobedeceu suas ordens de não abrir (mulher enxerida!); b) se a caixa era dela e ele abriu, ela já trouxe consigo nessa intenção (mulher calculista, fria, falsa!); c) se a caixa era dela e ela mesma abriu... (tem que queimar no inferno!). Sempre a condenação recai à Pandora?<br /><br />Ela foi usada! Ferramenta, objeto manipulado por um aristocrata perverso. Usada para satisfazer os ímpetos de um animal e punida por ser o lado mais fraco da corda. Rotulada pela sua desobediência ou impulsividade. Todos abstraíram as inúmeras qualidades (todas dadas por outros deuses) de Pandora para estereotiparem como a “causadora do mal”. Chega de palhaçada!Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-50782730908251844472010-08-04T07:15:00.000-03:002010-08-05T10:13:06.339-03:00Conto I- Pai, por que você tem que voltar pra casa?<br />- Já está na minha hora e já brincamos demais. Além disso você pode pegar um resfriado.<br />- Não acho que brincamos demais. Queria ter mais tempo com você. E o que tem se eu pegar um resfriado? Não quero perder essa oportunidade de passar mais um tempo com o senhor por causa de um resfriado que nem sei se vai acontecer. <br />- Meu filho. Sinto muitas saudades de você, mas existem coisas na vida que só compreendemos depois dela. É claro que não gostaria de me afastar de vocês, mas todos nós temos a nossa hora. Se pensarmos bem, não fomos tão penalizados, já que ainda podemos nos ver, não é verdade?<br />- Mas não quando eu quero. Sempre depende de sua vontade. Outro dia, pai, eu chorei muito numa discussão com a mamãe pois ela não queria me deixar sair para a formatura de uma colega. O meu choro não foi por não ter ido, pois nossa discussão me fez compreender que seria um pouco perigoso para mim, mas por não ter alguém para eu compartilhar essa minha angústia. Sei que se você tivesse presente eu teria ido e ela não ficaria tão preocupada. Me senti um injustiçado. Queria muito seu conforto naquela hora e você não apareceu. Por quê?<br />- Não significa que eu não apareci porque não quis. Aliás, neste momento eu percebi seu sofrimento, mas saiba que é o sofrimento que nos fortalece. Em muitos momentos da sua vida você se sentirá só e é nessas horas que você perceberá o quanto você é forte. Neste dia você chorou muito, mas seus momentos de reflexão permitiram algumas conclusões, dentre elas a de que sua mãe muitas vezes necessita mais da sua proteção do que você da dela. Isso é uma tendência que, com o tempo ficará muito mais nítido.<br />- Sim, mas eu queria que você me ajudasse... Eu queria a sua presença para me apoiar, me ajudar a conquistar minha independência, me orientar... Às vezes não consigo verbalizar todo esse terremoto dentro de mim, mas tudo isso me deixa muito triste.<br />- A vida é dura, meu filhinho, mas nem por isso menos bela. Sente-se aqui perto de mim. Temos que aproveitar o que ela tem de melhor a nos oferecer. Você deve aproveitar os beijos de sua mãe, os abraços dos seus avós, as risadas dos seus amigos. Deve crer em Deus, no seu destino e principalmente nas pessoas que gostam de você. Tudo virá no seu tempo: a sua independência, a sua segurança, as respostas para suas dúvidas. <br />- Pai, confesso que nas minhas rezas diárias nem sempre está presente minha crença no que estou orando. Sabe por quê? Do que adianta pedir pela saúde da minha família se quando for para adoecermos, adoeceremos pela vontade Dele? Tudo é pela vontade Dele e você me disse isso! Então, por que vou crer Nele se foi Ele quem tirou você de mim? Por que vou acreditar na bondade divina se eu perdi o que era mais importante na minha vida? <br />- Desculpas por repetir o que muita gente já deve ter dito a você, mas a vida é maravilhosa. Se déssemos o valor certo enquanto ainda temos juventude, com certeza as pessoas seriam mais felizes. O problema é que só damos o real valor às coisas ou quando perdemos ou quando já estamos bem velhinhos e aí já é tarde demais. Quero muito, meu filho, que você acredite na vontade Dele. Se você conseguir ter mais fé, terá mais sabedoria para compreender aquilo que nos parece incompreensível. Deus escreve certo por linhas certas, só que precisamos de maturidade para enxergarmos isso. Ele não me tirou da sua vida. Desde quando eu te concebi como filho e você como seu pai nos tornamos uno, inseparáveis. Nosso elo não se quebrou com minha partida e isso não é por causa da sua mediunidade. Mesmo àqueles que não conseguem enxergar espíritos, conseguem se manter próximos dos seus entes que já desincorporaram. E eles se confortam com isso, sabia? No sentimos muito melhor quando vocês se conformam com a nossa partida.<br />- Pai, nada disso me conforta. Só eu sei o vazio que levo comigo. Só eu sei como eu seria mais feliz se eu pudesse ter meu pai para me levar à escola, para me contar suas histórias, para me ensinar a dirigir, me ensinar a namorar. Só eu sei como me sinto só com essas mudanças no meu corpo, com essa insegurança sobre as meninas... Como posso conversar com a mamãe sobre a Julinha? Como posso dizer que já dei meu primeiro beijo e que tenho outros desejos? Isso tudo me angustia e às vezes me apavora! Por que eu fui alvo dessa injustiça? Eu merecia passar por isso? Eu merecia perder a proteção e o conforto do meu melhor amigo? <br />- Meu filho. Não duvide da bondade de Deus. Olhe para tudo ao seu redor e se pergunte: de onde vem essa natureza linda? Por que você se sente bem com essa paisagem esplendorosa, um pôr-do-sol no mar calmo dessa tarde de verão? Quem nos daria um mundo tão lindo e perfeito para morar senão alguém de uma bondade infinita?<br />- Mas pai, muito disso tudo a ciência já explica. Eu sei que a areia que estamos pisando são destroços das pedras, sei por que temos coqueiros ao invés de pinheiros, enfim, se o mundo foi feito para nos fazer bem, foi o acaso que o construiu assim, e não Deus. <br />- Então você acha que o acaso foi bondoso conosco? O acaso, o a evolução de Darwin, que fez o planeta harmônico, os animais e o homem com detalhes tão perfeitos? É por acaso que você pensa, se move, matem seu corpo em perfeito funcionamento, mesmo sabendo que ele tem tantas peças para darem errado? É o acaso que faz você me ver agora, conversar comigo, que permite dialogarmos de planos diferentes? Não consegue perceber que o que você chama de acaso pode ser visto como a vontade de Deus? Meu filho, com tanta racionalidade, quero que me explique como eu existo para você? Aliás, eu existo?<br />- Claro que sim. Existe e não é fruto da minha imaginação. Você existe para mim quase da mesma forma de quando ainda era vivo. A diferença é que não posso te ver sempre que quero.<br />- Então para os outros eu não existo, concorda? Se você contar para sua avó que conversa comigo ela poderá brigar com você e até achar que você está enlouquecendo! Ela estaria certa em afirmar que eu não existo apenas pelo fato de não ver? Estaria certa em desconfiar da sua palavra? Claro que não. Apenas pelo fato de eu não ser matéria, não implica que eu não exista, que eu seja nada. Veja que estou tentando mostrar que devemos crer naquilo que não podemos ver nem explicar. Devemos crer na existência e na bondade de Deus. Ele existe e apesar de não conseguir explicar, conseguimos senti-lo.<br /> - Pai, onde está a bondade de Deus quando ele o tirou de mim? Qual e a parte boa dessa historia da sua partida? Alguém conseguiria ver bondade nas lágrimas da mamãe? No desespero da vovó? Na tristeza imensa do vovô? Não falo só do dia da sua desencarnação, mas até hoje o luto permanece. Nunca esqueceremos aquele domingo ensolarado. Jamais imaginaríamos que aquela saída rotineira para levar frutas para a vovó, às 7 da manha, resultaria naquele acidente. Só de falar eu já me emociono... Nunca mais fomos os mesmos. Onde está a presença de Deus neste momento?<br /><br />(...)Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-68770697998002860542010-07-31T20:37:00.000-03:002010-07-31T20:48:50.310-03:00Análise da Dinâmica de Grupo<a href="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TFS0jTa0C0I/AAAAAAAAADA/CLLmbix_Vas/s1600/dinamica-3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 300px; height: 242px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TFS0jTa0C0I/AAAAAAAAADA/CLLmbix_Vas/s320/dinamica-3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500219563527375682" /></a><br /><br />A dinâmica de grupo faz-se presente no mundo atual em diversas áreas e passeia desde a psicologia à administração de empresas. Um mundo individualizado e até mesmo individualista está demandando pessoas que mantenham bons relacionamentos com grupos e, até as próprias pessoas demandam esta mudança no comportamento para seu melhor desempenho na sociedade.<br /><br />Para caracterizar melhor a dinâmica de grupo, faz-se necessário desenvolver a idéia de grupo que suas teorias fundamentam. O grupo não é considerado a soma dos seus integrantes; é algo além deste conceito. Ele possibilita aos membros uma consciência, que difere da dos indivíduos em si, dos aspectos que facilitam e dificultam na obtenção dos objetivos propostos.<br /><br />O processo grupal ocorre em dois níveis: o manifesto e o latente. Nem sempre estes dois níveis caminham em paralelo, pois, por exemplo, no nível manifesto o grupo reconhece uma estrutura de poder, no entanto, o latente, o subjacente, funciona com uma outra estrutura. A dispersão da energia, na manutenção desta situação faz com que o motivo de existência do grupo não se satisfaça plenamente. Outro exemplo se dá na estrutura de papéis que é criada pelo grupo. Quanto mais flexível for esta estrutura, possibilitando que seus membros exercitem um maior número de papéis, tanto maior será o nível de satisfação experimentado pelos membros do grupo. O contrário, ou seja, a rigidez, a cristalização dos papéis existentes no grupo, diminui o investimento de energia nos motivos do grupo, pois está voltada à manutenção dos papéis, o que pode provocar um maior desgaste. Além disso, ainda nos níveis manifesto e latente, há os papéis que o grupo espera que um indivíduo represente, os papéis que o indivíduo espera representar e os papéis efetivamente representados. A desarmonia destas três expectativas, nos dois níveis, propicia sentimentos de frustração, de não aproveitamento de potencial etc.Enfim, Dinâmica dos Grupos é o estudo destes processos, e outros tantos, objetivando um melhor funcionamento do grupo a partir das consciências individuais.<br /><br />O principal colaborador para a dinâmica de grupo foi o psicólogo Kurt Lewin, atuante da psicologia social. A característica notável da psicologia social de Lewin foi a aplicação de conceitos relativos aos comportamentos individual e grupal. Assim como o individuo e seu ambiente forma um campo psicológico, o grupo e seu ambiente também compõem um campo social. Foi Lewin quem popularizou a dinâmica de grupo. <br /><br />A dinâmica de grupo, nos dias atuais, tem sua aplicação até mesmo na educação nas escolas. Os professores procuraram ensinar capacidade de liderança, cooperação, participação responsável e relações humanas. Surgiu a concepção do professor como um líder de grupo, que influi na aprendizagem dos alunos, não só por sua competência na matéria, como também por sua habilidade em aumentar a motivação, estimular a participação e criar entusiasmo. Esta visão do professor como facilitador foi apresentada por Paulo Freire.<br /><br />Educador preocupado com seus deveres sociais, Paulo Freire desenvolveu um método de ensino particular que está atrelado às vivências cotidianas do educado. Neste método, o educador (animador) facilita a alfabetização ao considerar palavras, situações e até mesmo pessoas do dia-a-dia do estudante. Desta forma, o processo de aprendizagem considera a relação educador-estudante, abdicando da visão vertical hierárquica. A pedagogia deve ser dialógica, que exige um pensar verdadeiro e crítico. É justamente neste pensamento que Paulo Freire contribuiu para o amadurecimento da dinâmica de grupo.<br /><br />Não se deve existir a dicotomização homens e mundo, mas sim uma contínua interação. Como seres inacabados, os homens se fazem e refazem na interação com mundo, objeto de sua práxis transformadora. O contínuo aprendizado está presente não só nas salas de aula, como também fora delas. O saber absoluto não esta impregnado em nenhum ser humano e isto é fator motivador para a absorção de conhecimentos que partem dos outros, independente do nível de conhecimento acadêmico que este outro possui.<br /><br />Uma outra aplicação da dinâmica de grupo está na psicoterapia. O psicodrama de Jacob Levy Moreno é um exemplo no qual a dinâmica de grupo está bastante presente. Para Moreno o homem é um indivíduo social, pois nasce em sociedade e necessita dos outros para sobreviver, sendo apto para conviver com os demais. Moreno objetiva a possibilidade de tratamento e cura das relações sociais doentias através da sociatria (psicoterapia de grupo, psicodrama e sociodrama). No Psicodrama é o tratamento do indivíduo e do grupo ocorre através da ação dramática. Na Psicoterapia de grupo a dinamica grupal prioriza o tratamento das relações interpessoais. O Sociodrama encherga o grupo como o protagonista enquanto mantêm alguma tarefa ou objetivo em comum. <br /><br />A principal contribuição de Moreno para a área de dinâmica de grupo foi a importância da espontaneidade, da criatividade e da atuação em papéis. Uma dinâmica grupal flui melhor e é mais completa quando seus integrantes estão agindo de forma espontânea e extrovertida.<br /><br />Carl Ransom Rogers também foi outro psicólogo que deixou grande legado a ser absorvido pela dinâmica de grupo. Apesar de haver um foco na relação psicoterapeuta cliente, os conceitos rogerianos podem ser absorvidos na relação grupal; são eles: a consideração positiva incondicional, a empatia e a congruência. Em linhas gerais, ter consideração positiva incondicional é receber a aceitar a pessoa como ela é e expressar um afeto positivo por ela. A empatia, por sua vez, consiste na capacidade de se colocar no lugar do outro, ver o mundo pelos olhos dele e sentir como ele sente, comunicando tal situação para ele, que receberá esta manifestação como uma profunda e reconfortante experiência de estar sendo compreendido, não julgado. A congruência é a condição que permitirá ao profissional, embora alimente um afeto positivo por seu cliente e tenha a capacidade de “estar no lugar” dele, a habilidade de expressar de modo objetivo seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao cliente as experiências de reflexão e conclusão sobre si mesmo. Tais situações devem ocorrer com naturalidade e sinceridade, não havendo simulação.<br />Rogers percebeu que estas três condições são eficazes no aperfeiçoamento da condição humana em qualquer relacionamento interpessoal. Sendo assim, para que uma dinâmica de grupo seja bem elaborada e flua com facilidade é necessário que a compreensão seja a base da harmonia do grupo. É justamente no desenvolvimento desta capacidade de compreender que Rogers enfatiza seus estudos.<br />Enrique Pichon-Rivière foi outro autor que muito contribuiu para a dinâmica de grupo. Ele concebe o homem como ser social e a subjetividade humana se constitui no campo do outro. Surge o conceito de vínculo, como uma estrutura complexa e multidimensional que abriga sistemas de pensamentos, afetos e modelos de ação, maneira de pensar, sentir e fazer com o outro. Para Pichon-Rivière, o sujeito pode ser considerado como um sistema que não é autônomo em si mesmo, mas um sistema incompleto que "faz sistema com o mundo".<br />A concepção de Pichon-Rivière do homem intimamente relacionado com o mundo e o outro parece bastante extremista, já que pouco considera a individualidade humana. Porém, tal concepção faz-se necessária para a manutenção das relações interpessoais e a valorização desta como fundamental para constituição do ser humano. Tal fato também se aplica nas experiências de dinâmica de grupo.<br />A dinâmica de grupo é fundamentada em pesquisas científicas para sua melhor exploração. A crença na possibilidade de se realizar pesquisas empíricas com grupos de pessoas, de medir fenômenos importantes, de manejar, para fins experimentais, as variáveis de grupo e de descobrir as leis que governam a vida do grupo, foi fundamental para o desenvolvimento da dinâmica de grupo. Graças à estes e outro muitos autores, esta área tão utilizada em diversos campos profissionais foi criando uma dimensão e se estabelecendo e estruturando para abraçar toda esta demanda. O mundo moderno está exigindo resultados das dinâmicas: uma melhora na relação doentia e frágil que os individualistas stressados tanto almejam.<br />Apesar dessa demanda pelos resultados é preciso visualizar a dinâmica como um processo que envolve certo controle por parte do profissional, mas que muitas vezes revela resultados imprevisíveis. As respostas encontradas nas dinâmicas, suas conseqüências e resultados são provenientes da interação do grupo e as relações que as pessoas estabelecem. A dinâmica de grupo compreende o ser humano como sujeito multifacetado, repleto de subjetividades e que se relaciona com o meio, sendo, portanto, vulnerável à mudanças contínuas. Portanto é impossível prever os comportamentos que as pessoas podem apresentar e sim levantar hipóteses sobre tais comportamentos. Destarte, a psicologia tem grande importância para a dinâmica de grupo. Logo, este assunto deveria ser mais desenvolvido nas áreas psicológicas.<br />As contribuições dos diversos autores foram cruciais para a construção do repertório teórico da dinâmica de grupo e com certeza existe a influência da psicologia para tais. Da mesma forma, a aplicação da dinâmica de grupo exige conhecimentos prévios da psicologia para melhor compreensão dos resultados. Porém estas atividades deveriam ser mais exercitadas pelos psicólogos para que o domínio da técnica seja algo freqüente entre o meio.<br /> <br /><br /><em>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br /><br /><br />BRANDÃO, C. R., O que é método Paulo Freire., Ed. Brasiliense - São Paulo, 1981 (14 ed, 1988), 113 p. - (Coleção Primeiros Passos)<br /><br />CARTWRIGHT, D & ZANDER, A. Dinâmica de Grupo. Ed. Cultrix – São Paulo, 1973<br /><br />LAPASSADE, G. Grupos organizações e instituições. Ed. Francisco Alves - Rio de Janeiro, 1977<br /><br />MORENO, J. L., Psicoterapia de Grupo. Ed. Mestre Jou – São Paulo, 1975<br /><br />SCHULTZ, D.P., E SCHULTZ, S.E., História da Psicologia Moderna. Ed. Cultrix – São Paulo, 1981</em>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-28534073607241878672010-07-31T19:13:00.000-03:002010-07-31T19:31:40.892-03:00Um pouco de Loucura<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXLC-_maCOfmxHzhsg3xRDpfWqv7cypAtVgYPrDQsSHrOd7UYaewp4L0Bm4jlCo8iP1mb3Hk5Cm1saCMif71FL5E8pmvNWZxfXHy7pgPfjimj7Bn6ke83VzsbVpv7XqgkIBbIMNgX3l9-u/s1600/o-grito.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXLC-_maCOfmxHzhsg3xRDpfWqv7cypAtVgYPrDQsSHrOd7UYaewp4L0Bm4jlCo8iP1mb3Hk5Cm1saCMif71FL5E8pmvNWZxfXHy7pgPfjimj7Bn6ke83VzsbVpv7XqgkIBbIMNgX3l9-u/s320/o-grito.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5500201536426896418" /></a><br /><br /><br /><strong>Contexto histórico</strong><br /><br />Até o século XV, no início do Renascimento, não havia ainda o internamento (pelo menos como prática instituída e sistematicamente aplicada) do louco. O louco era, a princípio, somente um errante; e sua imagem, figura altamente simbólica, constantemente presente tanto na literatura, quanto nas pinturas.<br />No Renascimento se assiste ao rompimento dessa relação entre literatura e pintura, tão íntima até o século XV. Por outro lado, a literatura e a filosofia dão à loucura um papel privilegiado de sátira moral. O novo tratamento moral atribuído ao louco, retirando dela seu caráter e significado trágico e cósmico.Diante desses fatos é que nasce a percepção clássica da loucura marcada pela supremacia da consciência crítica sobre a experiência trágica da loucura. É o momento em que a loucura é apreendida e torna-se um fato discutido. <br />Outro acontecimento que marcou a percepção clássica da loucura foi a fundação do Hospital Geral em 1656, em Paris. No primeiro momento da fundação do Hospital Geral, a loucura, é tomada como um dos aspectos da desrazão, tem o significado preciso de imoralidade. O Hospital Geral organiza na medida em que reúne em seu espaço de reclusão os personagens que constituem o objeto da percepção clássica que é a desrazão: o pobre, o vagabundo, o imoral, o blasfemo, e também o louco. São todos múltiplos personagens da desrazão, e por isso são imorais.<br />No século XVII os hospícios podiam ser considerados casas de internamento, onde não havia tratamento servindo apenas como medida de precaução ou um lugar de depósito, auxílio e punição. Philippe Pinel foi considerado um reformador, pois em 1793 promove o nascimento da clínica, onde oferece para os doentes um tratamento moral. No Brasil, esta realidade aparece um pouco mais tarde.<br />A doença mental do século XIX era descrita segundo os critérios franceses, que enfatizava seu caráter moral. Nesse sentido, a alienação era considerada uma desordem de comportamento. O doente deveria ser afastado das causas de sua loucura. Por isso, ficava isolado da família e excluído da vida social. Tal princípio foi o que guiou a construção de hospícios no Brasil.<br />O Estado brasileiro tinha, nesta época, uma forte preocupação com a saúde pública como forma de proteção da nova ordem social. Grandes campanhas para a erradicação de epidemias foram promovidas, e tiveram seus heróis como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas. O crescimento urbano caótico também apavorou as autoridades, pois as ruas estavam tomadas de uma maioria miserável, porém necessária para o capitalismo industrial nascente, estava completamente exposta às epidemias, e era preciso garantir que as mazelas dos pobres não transbordassem e contaminassem as elites. Percebe-se claramente o caráter higientista que impregna a atuação psiquiátrica.<br />Em meados do século XIX (1852) foi criado no Rio de Janeiro o primeiro hospital para doentes mentais no Brasil: o Hospital Dom Pedro II, que marca o nascimento da psiquiatria no Brasil. A prática psiquiátrica brasileira iniciou como um sistema de assistência abrangente por intermédio de Juliano Moreira, médico que introduziu definições da escola de psiquiatria alemã no país. A psiquiatria do século XX deixa de se restringir ao doente mental, para englobar aqueles que apresentam desvios potenciais.<br />A proposta desta psiquiatria começou a ser revista sob o olhar ético dos direitos humanos. Percebeu-se que a concepção psiquiátrica de tratamento incluía, o sofrimento dos tratamentos e até mesmo a exclusão social do sujeito, podendo o hospital psiquiátrico ser considerado uma prisão sem previsão de saída. Surge então um novo pensamento, sugerindo uma reforma na psiquiatria.<br />A concepção de psiquiatria higienista foi sendo modificada (que atendia a um projeto de medicalização social, através das prevenções das desordens mentais). Concebendo-se um novo projeto de promoção da saúde, uma abordagem mais preventiva.<br />A reforma psiquiátrica propõe enquanto modelo não institucional, extra hospitalar a implantação de CAPS. O CAPS é uma fase intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, sendo equivalente ao antigo hospital-dia. As vantagens são que os pacientes não perdem o contato com a família, já que geralmente ele volta para casa a noite. Mas deve se tomar cuidado para que esse centro de assistência extra-hospitalar não se torne um mero local onde os pacientes passam o tempo, no qual o usuário se torne dependente para o resto da vida. <br />O fim das instituições manicomiais representa não apenas uma mudança de modelo assistencial psiquiátrico, mas uma mudança na forma de como a sociedade lida com as pessoas portadoras de sofrimento das mais diversas ordens. Esta é uma luta contra a violência a qual são submetidos não apenas os usuários (os portadores de sofrimento psíquico), mas também os técnicos, igualmente vítimas das condições perversas impostas por estas instituições, e enfim, a sociedade como um todo, pois a violência contra os seres humanos é uma violência contra a dignidade humana. A Luta Antimanicomial existe há aproximadamente 20 anos e tem como meta a substituição progressiva dos hospícios, por formas de atenção em saúde mental dignas, que respeitem o direito à liberdade e cidadania das pessoas com transtorno mental. <br /><br /><br /><strong>Teóricos</strong><br /><br />Lacan escreve uma frase na sala de plantão onde trabalhava; uma frase que se tornaria célebre posteriormente: “Não é louco quem quer”. Ela preconiza a loucura como algo que tem sua lógica própria independente da vontade e do estado de espírito do indivíduo. Falar da psicose no lugar das psicoses ressalta a primeira como uma estrutura clínica que tem um modo particular de articulação do real, simbólico e imaginário. <br />Freud contribui para o saber da psicose em inúmeros textos. Em “Psiconeuroses de defesa” (1984) ele afirma que existe na psicose uma defesa muito mais enérgica e eficaz que na neurose; Em “Novas observações sobre as psiconeurose de defesa” (1986) Freud discorre sobre a aplicação da classificação dos sintomas da neurose obsessiva à paranóia; Em carta a Fliess (1899) ele fala que a paranóia tem como ponto de fixação no desenvolvimento libidinal o auto-erotismo; Em “Três ensaios sobre a sexualidade” (1905) Freud fala da agressividade e transformação do amor em ódio na paranóia; Em carta a Jung e a Ferenczi (1908) ele levanta a hipótese da relação entre paranóia e homossexualidade; No “Caso Schreber” (1911): ele discorre sobre a tríade: frustração, regressão e fixação. E, finalmente, em “Notas psicanalíticas sobre um relato autobiográfico de um caso de paranóia” (1911) Freud afirma que o que foi abolido dentro volta do lado de fora, frase esta que Lacan retoma dizendo que o que é foracluído no simbólico retorna no real.<br />Lacan propõe a foraclusão do Nome-do-Pai como mecanismo específico da psicose. A passagem do sujeito pelo Édipo irá muni-lo de uma armadura significante mínima que condiciona sua entrada no mundo simbólico. Contudo para haver sujeito do inconsciente é preciso que haja linguagem, pois o inconsciente é estruturado como uma linguagem. Logo, os psicóticos não são destituídos de linguagem.<br />O Édipo será o determinante para o sujeito a estruturação do sujeito como psicótico, caso ocorra a foraclusão do Nome-do-Pai. Sendo este, segundo Quinet (2002) um neologismo que se utiliza um português para designar que não há inclusão, que o significante da lei está fora do circuito, sem deixar, no entanto de existir, pois o que está foracluído do simbólico retorna no real. Desse modo o sujeito não é submetido à castração simbólica, o que impossibilita a sua significação fálica advir, o que o fará se situar numa problemática fora-do-sexo. O Nome-do-Pai permite o sujeito entrar na linguagem, em decorrência da sua não inscrição no psicótico ele poderá apresentar distúrbios da linguagem, alucinações.<br />O Édipo se divide em três tempos lógicos. No primeiro tempo lógico a criança é identificada como o objeto de desejo da mãe, fazendo-se a igualdade, bebê=falo. Nesta fase a mãe é para a criança um Outro absoluto, sem lei. Deste modo, esta se encontra totalmente vulnerável à mãe e dependente de seus cuidados. Ainda neste primeiro tempo lógico do Édipo há o estádio do espelho o qual é definido por formar uma imagem de unidade da criança com o outro, que é a mãe.<br />No segundo tempo lógico do Édipo é marcado a entrada da criança no mundo simbólico. Dessa forma a mãe passa de um estatuto de objeto primordial ao de signo. Contudo, este processo de simbolização da mãe necessita de um terceiro que é metaforizado pelo Nome-do-Pai. Quando a intervenção do Nome-do-Pai no Outro, que é a mãe, é bem sucedida a identificação da criança com o falo é destruída ou recalcada. A criança passa da posição de ser o falo para a dialética de ter ou não ter o falo. Essa dialética permitirá o sujeito atribuir significações aos significantes, situar-se na ordem simbólica e situar-se na partilha dos sexos como homem ou mulher. O efeito da castração simbólica aparece no imaginário como falta.<br />O terceiro tempo lógico do Édipo é marcado pelo declínio do complexo de Édipo. A Inclusão do significante do Nome-do-Pai no Outro marcará a entrada do sujeito na ordem simbólica e a conseqüente inauguração da cadeia do significante no inconsciente.<br />Como apresenta Quinet (2002), a apresentação de pacientes é contemporânea ao nascimento da psiquiatria, datando ambas do fim do século XIX e do início do séc. XX. <br />Charcot fez da Salpétrière, nas terças-feiras, palco das apresentações de seus pacientes que eram vistas como um espetáculo, para um o público à qual era permitida a participação. Ele fazia uso de uma clínica da observação, do olhar, sendo a fala do paciente bem vinda unicamente para a demonstração de um saber prévio. Dessa forma a este não era dada a oportunidade de emergir a sua subjetividade. Charcot se dedicou ao estudo da histeria, patologia esta que era a sua especialidade e fez a sua glória.<br />Freud propõe, como define a sua filha Anna O., o “teatro privado”. Ele possuía um foco para além da visibilidade e do espetáculo do corpo, para o modo de funcionamento do inconsciente. Diferente de Charcot, Freud utilizava-se de uma clínica que favorecia a escuta. E para a construção do saber psicanalítico ele não utilizou a apresentação de pacientes, mas sim os casos clínicos. Contudo como legado de Charcot, ele herdou o interesse no estudo das histéricas e na constituição do saber transmissível, no seu caso a psicanálise, e a proposta de um modo de tratamento.<br />Lacan institui a apresentação de pacientes associada à psicanálise. Diferente de Charcot, ele realiza a apresentação de um único paciente para um público selecionado. E assim como Freud, Lacan realiza a clínica do sujeito do inconsciente, prezando, desse modo, pela fala. Quinet (2002) resume dizendo que <br /><blockquote>“a apresentação lacaniana de pacientes é uma experiência que não só implica a transmissão do instrumental psicanalítico permite a apreensão do sujeito do inconsciente, como também serve de orientação diagnóstica, prognostica e terapêutica para a equipe hospitalar que se ocupa do paciente entrevistado”.</blockquote><br />A partir do real da clínica a prática da apresentação de paciente implica a inserção entre a psiquiatria e a psicanálise.<br /><br /><br /><strong>Atuação profissional</strong><br /><br />Ao profissional da saúde cabe a habilidade de realizar entrevistas utilizando-se de seus conhecimentos técnicos e até mesmo intuitivos para uma boa realização da anamnese psicopatológica. Tal fato é de extrema importância, pois dificuldades relacionadas aos limites do paciente e até mesmo à ética do profissional devem ser contornadas para proteger o contexto da entrevista. A paciência e a experiência do profissional também são grandes influências que qualificam a entrevista, retirando delas o máximo de conhecimento possível.<br />Para Dalgalarrondo, <br /><blockquote>“o profissional, ao entrar em contato com cada novo paciente, deve preparar o seu espírito para encarar o desafio para conhecer esta pessoa, formular um diagnóstico, entender, quando possível, algo que se passa no interior desse indivíduo.” (DALGALARRONDO, p.52)</blockquote><br />A anamnese psicopatológica difere da anamnese psiquiátrica principalmente quanto ao enfoque. Exames físicos, neurológicos e complementares são solicitados pelo psiquiatra, que objetiva o encontro da “queixa principal”. Muitas vezes, estes profissionais necessitam da ajuda de parentes do paciente, que se recusa (às vezes defensivamente) a apresentar sua queixa. Um outro ponto diferencial está na veracidade dos fatos. O psiquiatra necessita de informações verdadeiras e confiáveis para dar continuidade à seu tratamento. Já o psicólogo confia na fala do paciente: o que ele traz, o que diz e aponta. A escuta é valorizada e, aos poucos, o paciente toma conhecimento do que diz (através da pergunta: “che vuoi” – o que você quer dizer com isso?) e encontra sua “queixa”. A clínica do olhar e da escuta se opõem e se conflituam quanto à seus objetivos.<br />A clínica do olhar reduziu o conhecimento científico àquilo que é observável. A soberania do olhar proporcionou aos pacientes se limitarem em dizer àquilo que o observador quer ouvir. Seus seguidores desconsideram a importância do “ouvir” e oferecem resposta imediatistas, onde Freud caracteriza-os de “trapaceiros que dão mais do que possuem”. Para Montezuma,<br /><blockquote>“O paciente que mensalmente apanha sua receita com um psiquiatra que mal o convida para sentar vive em crise ou estabilizado em uma posição em que aparentemente não sofre, mas também não existe como sujeito” (in Quinet, p.141).</blockquote><br />Encarar o paciente como sujeito composto por subjetividades particulares não é habito da clínica do olhar. Este modelo supervaloriza a sintomatologia e seu tratamento medicamentoso.<br />Já a clínica da escuta valoriza o “caso a caso”, privilegiando a singularidade de cada sujeito. Ouvir o paciente e sua queixa são fundamentais para este modelo. Sendo assim, a fala do sujeito deve ser privilegiada de forma a levá-lo à pensar na sua implicação e sua participação nos sintomas para que possa descobrir outros caminhos para seguir a vida sem dificuldades. Inclusive, a inserção social pode ser facilitada pela clínica da escuta de forma que o sujeito possa reconhecer seus limites e tomar providências preventivas, e não extremistas como na internação. Além disso, uma escuta ativa por parte do profissional permite encarar o paciente como ser multifacetado e não como números referentes às patologias (CID 10 ou DSM IV). É justamente esta escuta que permite um entendimento mais abrangente da enfermidade e do seu tratamento.<br />Visualizar o paciente como um sujeito sensível não só à sua patologia, mas também à cultura, à sua história, ao ambiente e à psique é justamente a proposta do modelo biopsicossocial, proposto por George Engel: enfoque sistêmico integrado para o comportamento e a doença. Este modelo provém da teoria geral do sistema, subdividido em sistema biológico, social e psicológico. Como os nomes sugerem, o sistema biológico enfatiza o substrato anatômico do organismo; o sistema social tem seu enfoque no ambiente atrelado à cultura e à família; e o sistema psicológico salienta os fatores psicodinâmicos, motivação e personalidade e seus impactos na patologia do paciente.<br />O modelo biopsicossocial tem como componente de extrema importância o relacionamento médico-paciente. O médico, assim como qualquer outro profissional da saúde, deve estar ciente não apenas do estado clínico do paciente, mas também do estado psicológico e do meio sócio-cultural em que este indivíduo está inserido. Existem vários modelos que caracterizam esta relação médico-paciente que derivam tanto da influência da personalidade, expectativas e necessidades do médico quanto do paciente. Quando estes fatores do médico e do paciente são bastante divergentes, pode ocorrer decepções devido à interpretações errôneas de ambos. Para que isto não ocorra, o médico deve estar ciente do modelo com cada paciente e ser capaz de mudá-lo dependendo das necessidades e exigências de cada situação clínica específica.<br />Independente do modelo de relacionamento médico-paciente utilizado é preciso que outros fatores sejam considerados. O médico deve ser empático, compreender a si mesmo e até mesmo defensivo em alguns casos. Quando o paciente percebe o interesse, o entusiasmo do seu profissional, ele se mostra mais flexível e tolerante até mesmo à inexperiência do médico. <br /><br /><br /><br /><em>DALGALARRONO, P., Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, Porto Alegre: Artes Médicas Ed., 2000.<br /><br />MONTEZUMA, M.A. A clínica na saúde mental. in: Quinet, A. (org.). Psicanálise e Psiquiatria. Rio de Janeiro: Rios Ambiosos Ed., 2001.<br /><br />QUINET, A. In: Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Texto: A apresentação de pacientes de Charcot a Lacan, São Paulo: Escuta Ed., 2002.</em>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-25942087984057685072010-07-09T15:58:00.000-03:002010-07-31T19:27:48.840-03:00Musicoterapia de mim<a href="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TDd88x2GU4I/AAAAAAAAACw/eNHvFYCUMZs/s1600/DSC04503.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TDd88x2GU4I/AAAAAAAAACw/eNHvFYCUMZs/s320/DSC04503.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491995654215848834" /></a><br /><strong>PRIMEIRO ANDAR</strong> (los Hermanos)<br /><br />“Já vou, será<br />eu quero ver<br />o mundo eu sei<br />não é esse lá.”<br /><br /><em><blockquote>Como é difícil<br />Cortar o cordão<br />Pisar no chão <br />E se entregar</blockquote></em><br /><br />“por onde andar<br />eu começo por onde a estrada vai<br />e não culpo a cidade, o pai”<br /><br /><em><blockquote>Sem rumo, sem proteção<br />O destino, o que será?<br />Eu preciso começar<br />Meu primeiro andar</blockquote></em><br /><br />“Eu vou lá, andar<br />e o que eu vou ver<br />eu sei lá”<br /><br /><em><blockquote>O acaso me intriga<br />O escuro me assusta</blockquote></em><br /><br />“não faz disso esse drama essa dor<br />é que a sorte é preciso tirar pra ter<br />perigo é eu me esconder em você”<br /><br /><em><blockquote>Sempre tive a proteção dos meus pais<br />Amigos, namorado, família<br />Como me despir desta carcaça<br />E me mostrar ao mundo?</blockquote></em><br /><br />“e quando eu vou voltar, quem vai saber<br />se alguém numa curva me convidar<br />eu vou lá<br />que andar é reconhecer<br />olhar”<br /><br /><em><blockquote>Vou me permitir descobrir, experimentar<br />Coragem! Avante!<br />Quero ver o horizonte...</blockquote></em><br /><br />“eu preciso andar<br />um caminho só<br />vou buscar alguém<br />que eu nem sei quem sou”<br /><br /><em><blockquote>Amadurecer de fora pra dentro<br />Me ver nos outros, encontrar comigo mesma<br />Saber quem eu sou<br />Tornar minha companhia agradável para mim<br />Não serei mais a mesma</blockquote></em><br /><br />“Eu escrevo e te conto o que eu vi<br />e me mostro de lá pra você<br />guarde um sonho bom pra mim”<br /><br /><em><blockquote>Não quero me perder, quero me construir e fortalecer<br />Crescer e confiar<br />Escolhi ter a solidão ao meu lado.</blockquote><blockquote></blockquote></em>Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-18831722331052765582010-07-03T14:03:00.000-03:002010-07-03T14:21:57.961-03:00Como atuar no mercado da Psicologia?<a href="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TC9xr2-a4bI/AAAAAAAAACo/OVP9swOuccM/s1600/psi.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 318px; height: 320px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TC9xr2-a4bI/AAAAAAAAACo/OVP9swOuccM/s320/psi.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489731469093560754" /></a><br />Exercer a profissão de psicólogo não é tarefa fácil, não apenas pela exigência de preparo no atuar, mas também na escolha de como e onde atuar. Atualmente, existem várias áreas da psicologia que abrem um leque de oportunidades de atuação do profissional, como por exemplo, a psicologia hospitalar, esportiva, clínica, comunitária, organizacional, jurídica, dentre outras. Além disso, existem as linhas teóricas que exigem, ao menos, um breve conhecimento da maioria para que se posse escolher aquela em que o profissional mais se identifica: Abordagem Centrada na Pessoa (Carl Rogers), Gestalt, Psicodrama (Jacob Levy Moreno), Psicanálise (Freud, Lacan, Jung), Psicologia Cognitivo-Comportamental, Análise Transacional (Erick Berne), Psicologia Transpessoal, etc. <br /><br />Entretanto, o que se pode avaliar é que muitos dos novos profissionais debatem-se com as portas fechadas. Percebe-se que além da escolha pela linha teórica do profissional e sua área de atuação, o recém-formado deve definir qual será sua forma de agir no mercado. Deve-se pensar em como atuar. Autônomo, empregado, empresário, servidor público, enfim, o psicólogo deve avaliar não apenas suas próprias expectativas, como também a forma de exercer sua profissão, mas também observar o comportamento do mercado, analisando os prós e os contras de cada opção. <br /><br />Objetiva-se apontar no próximo tópico os caminhos de escolha profissional de psicólogos.<br /><br />1. ATUAÇÃO INDIVIDUAL<br /><br />Destaca-se, neste tópico, a atuação do profissional como insubordinado, englobando, portanto, a condição de empresário. Ressalta-se que o psicólogo não pode atuar como empreendedor individual por estar incluído no rol do exercício de atividades intelectuais. <br /><br /><blockquote>Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.<br />Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. (CÓDICO CIVIL, 2002)</blockquote><br />Para se constituir uma empresa é necessário decidir se o psicólogo arcará com o negócio sozinho ou compartilhado. Se a opção for de Empresário Individual, o patrimônio do psicólogo confundir-se-á com o da empresa. Não existe distinção jurídica entre o proprietário e o negócio. Tal conceito reflete na impossibilidade de abertura de filiais, de repasse ou transferência da empresa para um substituto e até mesmo em compartilhar possíveis prejuízos e dívidas do negócio. Já se o profissional optar em atuar em sociedade, poderá abrir uma empresa limitada, sendo esta a forma mais comum para as pequenas empresas no Brasil. (SEBRAE, 2009). <br /><br />De uma maneira geral, a incidência tributária para os pequenos empresários é menor do que a dos autônomos, dependendo do faturamento e da atividade. Tramita no Senado Federal o Projeto de Lei do Senado 467/08 que pode garantir o acesso das atividades de psicólogos e psicanalistas ao regime tributário denominado Simples Nacional. Este regime oferece benefícios como a unificação da apuração e recolhimento do PIS/PASEP, COFINS, IRPJ, CSLL, podendo ainda estender-se ao INSS Patronal e ISS.<br /><br />Apresenta-se também a possibilidade de atuação como autônomo. Considera-se o trabalhador autônomo aquele que exerce sua profissão sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção dos seus próprios riscos. Os impostos que incidem sobre o autônomo são ISS, INSS e Imposto de Renda. <br /><br />2. EMPREGADO<br /><br />Existe o Projeto de Lei 5440/09 tramitando na Câmara dos Deputados que objetiva fixar o piso nacional para os psicólogos no valor de R$4.650,00. Segundo o IBGE, em setembro, o rendimento médio real (descontada a inflação) dos ocupados foi de R$ 1.346,70 na média das seis principais regiões metropolitanas do País. Com isso, verifica-se que a possível remuneração dos psicólogos pode ser considerada razoável, tendo como parâmetro que a maioria da população se sustenta com quase ¼ deste piso.<br /><br />Fazendo uma comparação com outros profissionais, o piso dos médicos pode ser votado(PL 3734/08) em R$7.000,00 e dos advogados (SUG 172/2009 CLP) em R$4.650,00. Para o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o salário mínimo necessário para suprir os critérios previstos na Constituição brasileira seria de R$ 2.065,47. Portanto, o psicólogo ganharia mais que o dobro do mínimo necessário para se ter “moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social”(CF/1998, Art. 7, inc. IV.), o que o coloca em uma posição privilegiada.<br /><br />O que assusta não apenas os psicólogos, mas também os empregados privados no país é a instabilidade do emprego. Na intenção de reduzir essa instabilidade, faz-se necessário buscar não apenas o aperfeiçoamento profissional, como também estabelecer um bom networking e saber realizar o marketing pessoal. Quanto maior for a rede de contatos do profissional, maior será a possibilidade dessa pessoa conseguir uma boa colocação no mercado. <br /><br />O marketing pessoal pode ser compreendido como uma estratégia individual que tem como finalidade atrair, desenvolver e manter contatos e relacionamentos que sejam interessantes, tanto do ponto de vista pessoal como profissional. O marketing pessoal também tem como pressuposto dar visibilidade a habilidades, competências e características consideradas importantes para o reconhecimento do outro (PASSOS; NAJJAR, 1999). De acordo com os referidos autores, o marketing pessoal é um tipo de “marca” do profissional, ou seja, a forma como o profissional é reconhecido no mercado de trabalho, no grupo social ou na família. Esta “marca” é criada ao longo da vida pessoal e profissional de um indivíduo e, muitas vezes, é recriada de acordo com as mudanças que ocorrem na vida do sujeito, seja no contexto pessoal, profissional ou social. Assim, a administração do marketing pessoal com competência é de extrema relevância para o desenvolvimento e a manutenção da qualidade da imagem do profissional. <br /><br />O networking é uma ferramenta bastante difundida no mundo atual e se refere à capacidade que o indivíduo tem de formar e manter laços que favoreçam oportunidades de crescimento tanto pessoais quanto profissionais. Passos (1999) ressalta que várias pesquisas situam a chance de arrumar um emprego através de um anúncio em revistas especializadas ou jornais, em média, abaixo de 7%. Em contrapartida, o autor destaca que procurar emprego por meio de uma rede de contatos pessoais, apresentando suas qualidades, elegendo e contactando um empregador capaz de valorizar tais qualidades via seus network partners, pode, se tudo for bem feito, obter até 86% de êxito. Deste modo, podemos observar que uma boa rede de contatos pode contribuir em muito para se encontrar oportunidades de trabalho.<br /><br />3. CONCURSOS PÚBLICOS<br /><br />Com a grande vantagem de um emprego estável e com uma renda garantida, os concursos públicos passaram a ser destinos de muitos profissionais. Uma análise breve de alguns editais permite observar que as principais atividades disponíveis em vagas para psicólogos são: desenvolver atividades no campo da Psicologia aplicada ao trabalho, tais como recrutamento, seleção, perfil psicológico/profissional, orientação, desempenho e treinamento profissional, proceder à avaliação de funcionários com problemas de comportamento e/ou com distúrbio psíquico e apresentar os respectivos diagnósticos, além de prestar assistência terapêutica, empregando técnicas psicológicas específicas a cada caso. <br /><br />Observa-se que as vagas específicas para quem tem graduação em psicologia era uma remuneração média inicial entre R$ 1.900,00 e R$ 2.750,00. Os principais locais de trabalho: centros assistenciais, Universidades, Escolas, UBS (Unidade Básica de Saúde) do Programa Saúde da Família, Hospitais, Penitenciárias, Polícia, Secretárias Estaduais e Municipais de Saúde, Educação etc. <br /><br />REFERÊNCIAS<br /><br /><br />CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO. Lei nº 10.406 de 10 de janeiro de 2002. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/leis/2002/L10406.htm. Acessado em 02 de julho de 2010.<br /><br />SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Quais os tipos de empresas que existem? Disponível em <br />http://www.sebraesp.com.br/faq/criacao_empresa/legalizacao/tipos_empresas. Acessado em 02 de julho de 2010.<br /><br />PASSOS, A. & NAJJAR, E. R. Carreira e Marketing pessoal: da teoria à prática. São Paulo: Negócio Editora. 1ª edição, 1999.Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7058376703887239020.post-33786194463545484992010-07-03T13:10:00.000-03:002010-07-04T19:18:25.260-03:00Crônica de um indagamento<a href="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TC9iTdTdoiI/AAAAAAAAACg/1DsmwudZqK8/s1600/machismo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 239px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_6YU-q7ZoNjo/TC9iTdTdoiI/AAAAAAAAACg/1DsmwudZqK8/s320/machismo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5489714557211222562" /></a><br />Não consigo compreender o mundo feminino das mulheres. É um planeta com uma fundura muito grande! Difícil desentrevar todos os ministérios que passam pela cabeça delas. Estava eu no bar elitizado da minha cidade paulistana, noite boêmica, igual àquelas das novelas. Estava na campanha de um amigo quando ela apareceu, linda, com a amiga que conhecia meu amigo. Sentamos os quatro numa mesa e fiquei ouvindo eles conversarem sobre casos diverdiados, copa do mundo, política, eleições... <br />Primeiro eu fiquei só olhando aquela beleza esplenduosa. Não era tão 10% assim, mas chamava atenção. Ela era uma mulher muito inteligente: com 28 anos sabia universas línguas, uma garota profíqua. Usava um perfume bom, cheiroso, tinha os cabelos loirados, alteada, enguia, era fina e requentada, mas parecia ter menas condição dinheiral do que eu. Assim é melhor: não gosto de mulheres que têm mais dinheiro do que eu. Não é que eu seja machista ou nazista, é porque acredito que o homem tem que sempre ter poder em cima da mulher.<br />Depois de alguns cigarros e cervejas, comecei uma conversa com ela. Na verdade ela que começou comigo, de forma muito alfinetada, por sinal, perguntando por que eu estava fumando se sabia que era proibido. Respondi o óvibiu: porque gosto de fumar, mas não sou viciado. Ainda assim, resolvi da uma orpance a ela e continuei a conversar. Fui perguntando por que ela só tinha tomado vinho e comido fundi se tinha tantas escolhas para serem escolhidas. Ela me respondeu que era a opção da maioria e que também gostava de fazer essas refeições em noites frias. Percebi que ela era referenciável, sem personalidade, Maria vai com as outras. Então não era tão inteligente assim: saber idiomas não suplica em ser inteligente. <br />Ela ficou mais calada e percebi que pudesse estar me ungunorando, me deixando de lado. Mas logo desartei essa hipófise, pois imaginei que ela pudesse estar com vergonha da minha maioridade. É lúcido para qualquer um que sou superior a ela! Resolvi dar outra orpance e mudei a ética do jogo. Estava tentando conquistá-la pela minha conversa, pois sou muito bom de papo. Passei a tentar ganhá-la com meu bolso, mas me arrependei. Dei de bandeja um presente, chamando ela para ir a um lugar diferente e muito chique. A minha condição dinheiral permite que eu leve as mulheres para lugares de rico. Disse a ela: “já que você está fria, vamos para um lugar mais quente, com coberta e banheira de massageador auquicida?” Sabe o que ela fez? Disse que não responderia a pergunta indelicada, se despediu da turma, pegou a chave e saiu. Difícil entender! Não chamei ela para ir num lugar peba, dei do bom e do melhor. Outra coisa. Todas as minhas perguntas são indelicadas, claro, pois perguntas delicadas é coisa de viado! Se ela quer um viado, ainda bem que eu não quis ela.<br />Acho que nós homens estamos lascados. Acho que as mulheres estão gostando dos viados mesmo. Esses roboió que se acham “montadores de cavalo” (esqueci o nome), que abrem a porta, que escrevem bilhete de amor, que conversam demais no celular, que entram no computador pra conversar no msm; nada disso é coisa de homem. Mas acho que isso é coisa de mulher idiota da capital. Lá na minha terra homem nem conversa com mulher e aquela que conversa em mesa de bar com homem não presta.<br />Tive que ir pra casa sozinho. Quer dizer, paguei uma gata para satisgastar minha vontade de homem. Claro né? Nunca fico sozinho e sempre tenho quem eu quero. Sou seduzente, inteligente e rico. Tudo que as mulheres da minha época querem. Por isso que não consigo entender por que é tão difícil pegar uma mulher sem pagar. O problema só pode estar nelas. Ô pena! Coitada dessas mulheres modernas. Estão perdendo a orpance de conhecer um homem macho de verdade!Grasielahttp://www.blogger.com/profile/03109375053590335690noreply@blogger.com3